Em um discurso televisionado, Khamenei também lançou um alerta direto aos Estados Unidos, tradicional aliado de Israel. “Os Estados Unidos devem saber que qualquer intervenção militar resultará, sem dúvida, em danos irreparáveis.”
Ataques continuam
Durante a madrugada, cerca de 50 caças israelenses atacaram 20 alvos em Teerã, incluindo uma unidade de produção de centrífugas nucleares. A ONU confirmou que ao menos duas dessas instalações foram danificadas.
Como retaliação, o Irã lançou mísseis hipersônicos contra Tel Aviv. Embora a Guarda Revolucionária afirme que os projéteis “abalavam os abrigos” da cidade, as defesas israelenses interceptaram os ataques, sem registro de impactos diretos.
Segundo números oficiais iranianos, 224 pessoas já morreram desde o início dos bombardeios — entre elas, militares de alta patente e civis. Do lado israelense, são 24 mortos e centenas de feridos desde a última sexta-feira.
Reações internacionais
O presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu ao pronunciamento do líder supremo do Irã. “Sabemos onde Khamenei está, mas não vamos matá-lo, por enquanto”, declarou, exigindo uma “rendição incondicional” do Irã. Apesar da retórica, autoridades americanas dizem que ainda não há decisão sobre uma eventual intervenção direta.
Emmanuel Macron, presidente da França, alertou para o risco de “caos absoluto” caso haja uma mudança forçada de regime em Teerã. Já o chanceler alemão, Friedrich Merz, foi mais incisivo: “Israel está fazendo o trabalho sujo por todos nós”.
Repressão e isolamento digital
Internamente, o Irã enfrenta também um cenário de repressão digital. O regime anunciou a prisão de cinco supostos agentes do Mossad, acusados de espalhar pânico e desinformação na internet. O acesso online está restrito, e aplicativos como WhatsApp sofrem campanhas oficiais de boicote.
Conflito entre Irã e Israel aumenta o temor de guerra na região
Com a escalada dos ataques e das declarações, diversas embaixadas estão retirando seus cidadãos do Irã, Israel e países vizinhos. Analistas alertam que, se o conflito não for contido rapidamente, há risco de um conflito em larga escala que envolva outras potências regionais, como Arábia Saudita, Turquia e até o Hezbollah no Líbano.
Fonte: GC Mais
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