Enquanto jogavam futebol, quatro pessoas são mortas em chacina na Barra do Ceará

 

O ataque a tiros ocorreu enquanto as vítimas jogavam futebol em um campo da comunidade

De acordo com informações apuradas pelo GCMais, duas pessoas morreram no local e outras foram socorridas em estado grave para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Pirambu e para o Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro. Mais duas vítimas não resistiram aos ferimentos e morreram nas unidades de saúde, totalizando quatro mortos até o momento.

Moradores da região relataram momentos de terror. Foram ouvidos vários disparos de arma de fogo, seguidos de correria intensa no campo e nas ruas próximas, inclusive em frente à unidade de saúde. Vídeos gravados por moradores mostram cenas de desespero, com parentes carregando os feridos nos braços e gritos de angústia ecoando pela comunidade.

Chacina na Barra do Ceará deixa quatro mortos

A região da Grande Barra do Ceará vive dias de tensão após uma nova onda de violência que inclui mortes, tiroteios, ataques a ônibus e protestos por parte da população. Desde a morte das duas irmãs influenciadoras digitais, Beatriz e Bianca, na última quinta-feira (2), o clima na região é de insegurança constante e portas fechadas.

Horas após o duplo homicídio na Vila do Mar, cinco pessoas foram baleadas em um campo de futebol na madrugada de sexta-feira (3), em um crime que teria sido motivado por vingança. O namorado de uma das vítimas foi preso, suspeito de envolvimento no ataque.

A escalada da violência seguiu com a depredação de um ônibus da linha 110, que circula pelo Pirambu, invadido por criminosos que ordenaram que motorista e passageiros descessem antes de destruírem o veículo. O ataque não deixou feridos, mas resultou na suspensão temporária de três linhas de ônibus (102, 110 e 120) na região. Os veículos voltaram a circular nesta segunda-feira (6), mas com rotas alteradas por segurança.

No domingo (5), moradores protestaram bloqueando uma via e ateando fogo em colchões e sofás. O ato foi uma tentativa de chamar a atenção das autoridades para o abandono do bairro. Tentativas de ouvir moradores foram frustradas pelo medo. “Ninguém quer falar, o silêncio é uma forma de autoproteção”, relatou a reportagem da TV Cidade.

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