Sobe para 45 o número de presos desde o início de ataques a operadoras de internet no Ceará

 

Comando Vermelho exige parte do faturamento de empresas para 'autorizar' a oferta de serviços em bairros de Fortaleza. Governo criou operação para identificar e prender os envolvidos nos ataques coordenados. Cinco empresas fecharam as portas após prejuízos com os ataques criminosos.

Foram alvos da nova fase diversos provedores de internet nos municípios de Caucaia, São Gonçalo do Amarante e Fortaleza, abrangendo os bairros do Pirambu, Barra do Ceará, Vila Velha, Jardim Iracema, Jardim Guanabara, Cristo Redentor, Carlito Pamplona e Álvaro Weyne. Durante as fiscalizações, alguns provedores foram interditados administrativamente devido a irregularidades constatadas.

  • 21 de fevereiro: quatro traficantes foram presos por crimes como tráfico de droga e homicídio; à época das prisões, eles não eram investigados pelos ataques às empresas, mas a polícia apontou o envolvimento deles após investigações.
  • 1ª fase da operação Strike, 12 de março: 17 membros de facção foram presos pela série de ataques a empresas;
  • 2ª fase da operação Strike, 14 de março: 7 foram capturados e empresas ilegais comandadas por facção criminosa são fechadas;
  • 25 de março: um guarda municipal de Fortaleza e três comparsas foram presos suspeitos de envolvimento nos crimes.
  • 3ª fase da operação Strike, 27 de março: 8 foram detidos na cidade de Caridade, a mais afetadas pelos ataques.
  • 4ª fase da operação Strike, 28 de março: 5 pessoas foram autuadas em flagrante por crimes de desenvolver atividades de telecomunicações de forma clandestina, furto de energia e receptação.

Criminosos destroem veículos e atacam provedoras de internet que recusam pagar 'taxa' a facção criminosa no Ceará — Foto: TV Verdes Mares/Reprodução

Entre os ataques estão incêndios a carros das empresas, tiros disparados contra a fachada, vandalismo na sede das provedoras e rompimento de cabos de fibra óptica. A cidade mais afetada foi Caridade, onde 90% dos clientes estão sem internet desde fevereiro.

Após a escalada de ataques, o governador Elmano de Freitas anunciou em 8 de março a criação de um grupo especial para investigar atos criminosos realizados contra empresas provedoras de internet.

O que aconteceu com as empresas afetadas?

Desde fevereiro, os provedores de internet do Ceará estão sendo alvos de uma série de ataques promovidos por uma facção criminosa, que está cobrando das empresas parte do valor dos serviços prestados. — Foto: Reprodução

Cinco empresas provedoras de internet no Ceará já encerraram ou ainda devem encerrar as atividades após a série de ataques de uma facção criminosa, segundo a Associação dos Provedores Do Ceará.

Uma das empresas é a provedora de internet ‘GPX Telecom’, de Caucaia. Por meio de nota, a empresa disse que “em menos de 20 minutos, atos de vandalismo devastaram tudo o que construímos com tanto esforço e comprometimento, levando-nos a tomar a difícil decisão de encerrar nossas operações”.

Empresa comunica encerramento após ataques. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

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