Quatro policiais condenados pela Chacina do Curió têm penas reduzidas pela Justiça

 

A defesa dos quatro entrou com o recurso pedindo a anulação do julgamento e a absolvição dos réus, mas o Tribunal de Justiça do Ceará rejeitou os pedidos

Os policiais Marcus Vinícius Sousa da Costa, Antônio José de Abreu Vidal Filho, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio foram condenados por 11 homicídios consumados, 3 tentativas de homicídio e 4 crimes de tortura física e mental. O julgamento do recurso teve como relatora a desembargadora Marlúcia de Araújo Bezerra e contou com as desembargadoras Andrea Mendes Bezerra Delfino e Ângela Teresa Gondim Carneiro Chaves.

Cada um dos quatro réus recebeu uma pena de 238 anos, 3 meses e 15 dias, com a determinação de prisão em regime fechado imediato, sem direito de recorrer em liberdade e perda do cargo de policial militar.

  • Marcus Vinícius Sousa da Costa: 238 anos, 3 meses e 15 dias
  • Antônio José de Abreu Vidal Filho: 238 anos, 3 meses e 15 dias
  • Wellington Veras Chagas: 238 anos, 3 meses e 15 dias
  • Ideraldo Amâncio: 238 anos, 3 meses e 15 dias

Antônio José de Abreu Vidal Filho, que está nos Estados Unidos desde 2019, foi preso pela Interpol em agosto de 2023 e participou do julgamento por videochamada.

Quatro policiais condenados pela Chacina do Curió têm penas reduzidas pela Justiça

O caso, que se tornou um dos mais longos do Tribunal de Justiça do Ceará, teve seus julgamentos divididos em etapas:

  1. Primeiro julgamento (21 a 25 de junho de 2023): quatro policiais foram condenados.
  2. Segundo julgamento (29 de agosto a 6 de setembro de 2023): oito policiais foram absolvidos, e o Ministério Público recorreu da decisão.
  3. Terceiro julgamento (12 a 16 de setembro de 2023): dois policiais foram condenados e seis foram absolvidos.

Ao todo, foram realizadas 214 horas e 30 minutos de júri, acumulando mais de 13 mil páginas de processos. Dos 30 réus envolvidos, 10 ainda aguardam julgamento e poderão ser levados a júri popular caso a sentença de pronúncia seja mantida nas instâncias superiores. A decisão desta terça-feira reafirma a posição da Justiça sobre o caso, mesmo diante dos recursos da defesa, que apontaram falhas processuais e pediram a revisão das penas.

Fonte: GCMAIS

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