Acusado de matar surfista após discussão em restaurante é condenado a 18 anos de prisão

 


No início deste mês de novembro outro réu pelo crime foi a júri e terminou inocentado

Antônio deve cumprir 18 anos e seis meses de prisão, sem direito a recorrer em liberdade e pagar indenização fixada no valor de R$ 13.500 aos familiares da vítima. Ele foi sentenciado pelos crimes de homicídio, com a qualificadora de motivo fútil e porte ilegal de arma de fogo.

O julgamento aconteceu na 2ª Vara do Júri de Fortaleza. Não foram arroladas testemunhas para serem ouvidas em plenário, tendo sido interrogado apenas o réu. A defesa de Antônio Carlos não foi localizada pela reportagem.

No início deste mês, outro acusado pelo assassinato, o réu Dário César Marques da Silva foi absolvido pelo crime. O próprio Ministério Público do Ceará (MPCE) tinha alertado que nos vídeos analisados não havia imagens do acusado armado ou atirando na vítima.

Conforme o promotor de Justiça, Luís Bezerra Neto, que representou a acusação durante o julgamento, “hoje o Ministério Público finaliza sua atuação em plenário convicto que o Tribunal do Júri, formado pelo conselho de sentença em seu cenário popular, entendeu que haviam provas robustas e suficientes para uma condenação. Na sessão de julgamento anterior o próprio Ministério Público requereu a absolvição do corréu do processo, o que denota a atuação imparcial e serena na condução do processo criminal”.

SOBRE O CRIME

O surfista foi assassinado a tiros no dia 29 de maio de 2022, às 2h, na saída de um bar no bairro Varjota, em Fortaleza. Vítima e denunciados teriam discutido no bar, quando o surfista interveio em uma agressão a uma mulher.

Após a briga no estabelecimento, o surfista teria perseguido os dois desafetos até um veículo e entrado em luta corporal com um deles. A ação foi filmada por câmeras de monitoramento da região.

“Não sabendo ele (surfista) que, dentro desse carro, ele (desafeto) tinha uma arma de fogo e o apoio de um colega, também armado. Nessa situação, a vítima foi alvejada e veio a óbito”, disse o delegado Luiz Rodrigues, da 1ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ainda na época da investigação.

Na denúncia, o Ministério Público do Ceará (MPCE) destacou que “noticiam os autos, que a motivação do crime seria por conta de uma discussão banal entre o vitimado e o denunciado Dário César, demonstrando, assim, a desproporção da conduta do agente com ação delituosa praticada pelo mesmo”.

“O vitimado ainda tentou se furtar dos disparos, saindo correndo em direção a via pública, mas os dois denunciados partiram em seu encalço, ceifando-lhe a vida com quatro disparos certeiros”, segundo o MP.

Fonte: Diário do Nordeste

Postar um comentário

0 Comentários