Com 4 mil habitantes em moradias precárias, Ceará registra 27 pessoas vivendo em veículos, diz IBGE

 

Novo levantamento revela precariedade de moradias em diversos contextos.

Os novos dados foram divulgados nesta sexta-feira (6) e têm detalhamento somente por Estados, não sendo possível avaliar os municípios envolvidos. A pesquisa lembra que o “morador” é alguém que tem o domicílio como local habitual de residência e nele se encontrava na data de referência, ou que, embora ausente na data de referência, tem o domicílio como residência habitual.

Já o domicílio improvisado se refere àquele que pode estar localizado em uma edificação que não tenha dependências destinadas exclusivamente à moradia (dentro de um bar, por exemplo), ou em calçadas, praças e viadutos, estruturas móveis ou abrigos naturais (como grutas ou cavernas).

  • 1.863 moradores dentro de estabelecimento em funcionamento
  • 980 moradores dentro de tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido
  • 323 dentro de estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada
  • 362 em estrutura improvisada em logradouro público, exceto tenda ou barraca
  • 27 em veículos
  • 452 em outros tipos, incluindo abrigos naturais

Conforme o levantamento, o perfil demográfico dos moradores no Ceará, em todos os tipos de domicílios improvisados, apresentou predominância masculina.

POLÍTICAS DE HABITAÇÃO

Em todo o Brasil, foram identificadas mais de 160 mil pessoas vivendo em domicílios improvisados, sendo 1.875 dentro de veículos. Para o levantamento, o IBGE ampliou o escopo. Até o Censo passado, o centro só contabilizava três categorias: moradores de tendas ou barracas, dentro de estabelecimentos e “outros”.

O tipo de domicílio improvisado que apresentou o maior número de moradores foi a categoria “Tenda ou barraca de lona, plástico ou tecido”, com 57 mil moradores, representando 35,3% dos moradores desse grupo.

Em segundo lugar, aparecem os domicílios do tipo “Dentro de estabelecimento em funcionamento”, com 43 mil moradores. Já os domicílios do tipo “Estrutura não residencial permanente degradada ou inacabada” possuíam 17 mil moradores.

Na publicação, o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, ressalta que “embora abriguem uma proporção pequena da população brasileira, eles são foco de interesse social e de políticas públicas específicas, em especial as orientadas à população institucionalizada e em situação de extrema pobreza”.

O Instituto também pondera que os novos dados trazem importantes subsídios para a implementação de políticas públicas de moradia e urbanismo.

Fonte: Diário do Nordeste

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