Por: Ivan Drummond (Jornal O Estado de Minas)
Vingança ou acerto de contas. Essas são as duas hipóteses levantadas pelas polícias Civil (PCMG) e Militar (PMMG), para a execução do advogado criminalista Pedro Cassimiro Queiróz Mendonça, assassinado com 30 tiros na manhã desta segunda-feira (27/5/2024), segundo a perícia da PCMG, nas imediações do Fórum de Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O crime ocorreu nas proximidades do edifício do fórum, em frente ao número 53 da Rua Artur Campos. Segundo informações da polícia, um veículo passou ao lado do advogado e tiros foram ouvidos, com ele caindo em seguida, enquanto o carro fugia, em alta velocidade.
O carro utilizado pelos assassinos, segundo a PM, era um veículo cuja placa foi clonada. O veículo verdadeiro da placa foi localizado dentro de uma concessionária e está à venda.
Ainda segundo a PM, o mesmo carro usado no crime foi visto também em Betim. A polícia faz uma operação para tentar localizá-lo. Por conta do incidente, a avenida em frente ao Fórum foi isolada.
Nota oficial
A subseção Ibirité da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota de pesar, lamentando a morte do associado. “A advocacia de Ibirité está em luto em razão do assassinato de nosso colega”, diz parte do comunicado publicado nas redes sociais. O órgão garantiu que vai acompanhar a apuração do crime, além de prestar assistência aos familiares. “A OAB subseção Ibirité presta condolências e solidariedade neste momento de dor.”
O presidente da OAB, Sérgio Leonardo, também lamentou a morte do advogado em vídeo, publicado em suas redes sociais. “A OAB de Minas Gerais repudia de forma veemente mais um ataque à advocacia.” Ele lembrou a morte recente outro colega, Hudson Maldonado, de 86 anos, que teve o corpo incendiado por um homem dentro da própria casa, em Sete Lagoas.
(..) “Hoje nós estamos perplexos, mais um colega foi brutalmente assassinado. A OAB designará uma comissão para acompanhar a investigação. A advocacia não pode ser calada, nós não podemos ser mortos em decorrência do exercício da profissão”, finalizou.
*** Informações com ➡ Jornal Estado de Minas
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