Alunas cearenses são as únicas garotas a representar o Brasil em olimpíada de química na China: 'ocupar o espaço científico'



Inspirar outras meninas a ocupar o espaço científico é o que a estudante Sophia Alves, de 17 anos, deseja. Ela e a colega Giovana Matsumoto são as únicas mulheres da delegação brasileira que vão representar o país na International Mendeleev Chemistry Olympiad (IMChO), uma olimpíada na China que ocorre de 21 a 26 de abril.


"É uma honra compor o time brasileiro e poder representar o país nessa grande competição que agrega uma área da Ciência pela qual sou fascinada, a Química. É uma olimpíada com uma estrutura totalmente diferente do que estou acostumada. Então, é uma experiência pela qual estou ansiosa em sentir. Desejo inspirar outras meninas a ocupar o espaço científico, poder agregar com conhecimento e tudo mais", disse.


Sophia e Giovana foram classificadas na 4ª fase da Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) para compor a delegação brasileira na competição internacional.


Esta será a primeira viagem internacional de Sophia, que não esconde o nervosismo. Além de participar do evento, ela também quer conhecer a cultura local e garante: descansar e ter momentos de lazer é um ingrediente importante para os competidores e faz parte de sua rotina de preparação.


"Tenho o auxílio dos professores de olimpíada lá da escola. Estudamos tudo. Tem o horário das aulas, mas costumo estudar de manhã e um pouco à noite, sempre equilibrando para não pirar", explicou sobre a rotina.


O processo de estudo de Sophia foca em ler e escrever sobre cada assunto abordado. "Gosto também de fazer exercícios e ficar revisando o conteúdo".


A olimpíada na China é dividida em três dias: dois deles têm provas teóricas e um de experimentos práticos.


"A prova prática é assim: eles colocam um experimento para você e você tem que ir seguindo as instruções para realizar. A nota é pesada com base no rendimento. É bem diferente do que estamos acostumados", explicou.


Apoio dos professores


Sophia conta que sempre gostou muito de química, mas que passou a se aprofundar no assunto no 1° ano do Ensino Médio, no colégio Farias Brito, quando conheceu dois professores que lhe inspiraram.


Como gosta muito de química orgânica, espera ver mais do conteúdo na olimpíada.


"São feras da química e me fizeram me aprofundar nessa área que gosto tanto. Hoje em dia fico até olhando como eu fico feliz em estudar química", comentou.

A estudante recebe com felicidade a missão de representar as mulheres brasileiras na competição. Apesar do nervosismo e do feito inédito, o apoio das pessoas queridas tem sido importante.


"É difícil ficar calma, mas tenho apoio da família e dos amigos. Também tenho noção de que não sou uma máquina. A química é muito além do que a pressão e algo do tipo. Fico feliz de ter chegado até aqui", desabafou.

A International Mendeleev Chemistry Olympiad (IMChO) surgiu em 1992 e é considerado atualmente um dos mais importantes torneios acadêmicos de Química do mundo, contando com a participação de mais de 20 países.


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