O município de Alcântaras, a 268,8 quilômetros de Fortaleza, registrou um tremor de terra na manhã desta segunda-feira, 27, às 07h17min. A informação foi divulgada pelo Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LabSis).
A magnitude preliminar do evento foi calculada em 2.0 mR (gradação da Escala Richter). O sismo foi sentido na região da Serra da Meruoca, mas não gerou danos ou prejuízos.
De acordo com André Tavares, engenheiro do LabSis, sismos de magnitudes acima de 1.5 podem ser sentidos pela população. Caso o evento ocorra próximo a áreas urbanas e se houver uma alta frequência de repetição, com a ocorrência de vários terremotos em um curto período de tempo, é possível que o evento cause danos a estruturas.
A ocorrência desse tipo de sismo nessa região do Ceará é comum. Segundo o Laboratório, foram 138 tremores de terra registrados no estado em 2022, sendo dez em Alcântaras e 29 em Sobral.
Como acontece um terremoto?
Um tremor ocorre quando a energia acumulada em esforços nas camadas subterrâneas da Terra é liberada na forma de ondas sísmicas (ondas mecânicas) que se propagam por essas camadas até chegar à superfície, gerando vibrações e barulho.
Nas bordas das placas tectônicas essa energia é mais intensa. A Turquia, por exemplo — local atingido no dia 6 de fevereiro por um terremoto de intensidade 7.6 na Escala Richter — está em uma zona bastante ativa, localizada entre três placas tectônicas que se encontram.
Já o Brasil está no meio de uma das placas tectônicas que compõem a litosfera (camada mais superficial da Crosta Terrestre). Assim, os terremotos registrados por aqui têm menores intensidades e magnitudes. No interior dessa placa há fissuras, chamadas de falhas tectônicas, onde é gerada a maior parte dos terremotos do País
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