O Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, ao depósito do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, onde estão as joias que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente ao Brasil em 2021. Os itens de luxo, avaliados em R$ 16,5 milhões, foram apreendidos pela Receita Federal com integrantes do então governo, em outubro daquele ano. A reportagem é de Bruno Tavares, Patrícia Marques e Jorge dos Santos (veja vídeo abaixo).
O depósito fica em uma área de segurança do aeroporto fortemente vigiada 24h por dia e com acesso restrito. Dentro de um pequeno envelope fica a chave que abre e fecha a caixa.
Em detalhes, veja a seguir imagens dos itens:
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Entenda o caso
Em outubro de 2021, o governo da Arábia Saudita deu um conjunto de joias a uma comitiva do governo do ex-presidente jair Bolsonaro com relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard. Os itens estavam divididos em dois pacotes:
Um dos pacotes, que continha um relógio, escapou da fiscalização da Receita Federal e, segundo o que tem dito o tenente-coronel Mauro Cid a interlocutores (saiba quem é Mauro Cid ouvindo o podcast), como revelado pelo blog da Andréia Sadi, teria sido catalogado e embalado na mudança como um bem de Bolsonaro. No entanto, Mauro Cid, que é ex-auxiliar de Bolsonaro, não sabe explicar a esses interlocutores por que esse presente só foi declarado à União um ano após a entrada no Brasil e sem comunicação ao Fisco. O auxiliar também não explica, de acordo com o blog, como um presente para o Estado teria sido levado pelo ex-presidente como item pessoal, já que a lei só permite itens personalíssimos no acervo privado.
O outro pacote, que era trazido na mochila de um assessor do Ministério de Minas e Energia, ficou retido no Aeroporto de Guarulhos, já que o governo não declarou as joias como um presente de estado nem pagou os impostos devidos para que os itens pudessem entrar no país como item pessoal.
Fonte: G1

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