NOTICIA DO CEARÁ
Fazer parte do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará por mais de duas décadas foi uma grande realização pessoal do subtenente Ribeiro, que atualmente tem 47 anos. “Participei de vários concursos da área militar e me encontrei no Corpo dos Bombeiros. Há 24 anos estou nessa corporação e me sinto extremamente realizado”, revela o bombeiro militar que atua na 6ª Companhia do Corpo de Bombeiros, unidade operacional que atua nas dependências do Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins.
Paralela à carreira militar, Ribeiro sempre buscou investir em sua veia artística, com tendências para a comédia e o humor, que foi despertada desde a época que era menino, na cidade de Quixeré, sua terra natal. “Quando criança, lá no interior, a gente ia debulhar milho, ficava tomando café e eu via meus avós e meus tios contando piadas. Daí, foi despertando em mim, essa veia artística. Já quando entrei nos Bombeiros, aos finais de tarde, havia o momento em que os recrutas eram liberados para ir para casa e tinha aqueles que ficavam para pernoitar, então eu ficava animando a todos, contando piadas, fazendo imitações. Aquilo foi despertando a alegria do humorista dentro de mim”, detalhou.
Impulsionado por essa veia cômica, Ribeiro fez cursos de teatro e de cinema, inclusive no Rio de Janeiro, e hoje tem formação como ator, humorista, produtor de cinema e é pós-graduado em Educação Física pela Universidade Estadual do Ceará. Ele lembra que um dos primeiros concursos de humor que participou foi em uma pizzaria de Fortaleza, ficando na quinta colocação. “Não fiquei triste, pelo contrário. Esse fato fez eu batizar o nome do show de humor que montei como Humor de Quinta”, disse. Daí em diante, foram várias participações em programas locais e nacionais de televisão.
Trajetória no humor
Um dos fatos marcantes em sua trajetória como comediante aconteceu no ano de 2005, quando Ribeiro estava com passagem comprada para participar do Festival de Piadas do Show do Tom (Cavalcante), em São Paulo. Naquele ano, sua filha, um bebê de sete meses, faleceu, e Ribeiro sentiu-se destruído. Porém, convencido por familiares e por amigos, ele viajou para participar da competição. “Fui, mas não consegui avançar nem na primeira etapa do concurso. No entanto, esse fato não me desmotivou. Continuei tentando minha carreira e em 2008 gravei novamente o programa do Tom Cavalcante, além de outros programas nacionais”, relatou.
No ano de 2011, quando pensou em desistir da carreira artística, Ribeiro participou de uma seletiva de humor para o programa Domingão do Faustão e venceu o concurso de piadas “Quem Chega Lá”, arrematando um prêmio de R$ 50 mil. “Nunca desista de seus sonhos, nunca deixe de acreditar no amanhã. O humor foi um divisor de água na minha vida, pois aprendi como levar alegria para as pessoas. O sorriso é o alimento da alma. Um dia sem um sorriso é um dia triste. Quando eu conto uma piada e faço as pessoas sorrirem, eu posso dizer: hoje eu ganhei o dia”.
O personagem Oscarbrito
O criador do Oscarbrito, um dos seus principais personagens, revela que o nome foi inspirado em Oscarito, um artista cômico de renome nacional das décadas de 40 e 50, com a junção de referência a uma família de Quixeré, os Britos, que contava muita piada, e ainda com a figura do cabrito, o filhote da cabra. “Quando o cabrito nasce, ele anda tremendo e é muito engraçado, daí fiz essa mistura”, revelou. “Sou Oscarbrito, da seca do Quinze, para ser humorista no Ceará. O cabra tem que nascer feio, porque a beleza com o tempo acaba e a feiura aumenta”, brincou.
BLOG SINHÁ SABOIA/ ASCOM SSPDS
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