Nesta segunda-feira, 31, os estudantes, professores e funcionários das 740 escolas da rede estadual de ensino do Ceará voltaram a frequentar as salas e corredores dos quais se ausentaram no início de 2020. Em outubro do ano passado, o retorno foi híbrido; já no ano letivo de 2022, é 100% presencial. Dentre as medidas necessárias para isso, estão o uso obrigatório de máscaras PFF2 ou similares por professores e funcionários e a apresentação de comprovante da vacina contra a Covid-19 no momento da matrícula.
“A maioria das matrículas já foi feita com o cartão de vacinação, mas aqueles que não apresentaram têm 30 dias de prazo para regularizar a situação”, explica Eduardo Maia, coordenador da Superintendência das Escolas Estaduais de Fortaleza (Sefor) 2.
“Passado esse período as escolas terão 30 dias para encaminhar um relatório ao Ministério Público e ao Conselho Tutelar, para aqueles casos que por ventura não apresentarem a vacina de forma alguma.”
Em relação ao uso de máscaras por professores e funcionários, Maia afirma que serão entregues 180 mil máscaras PFF2, N95 ou similar em todo o Estado.
O cálculo é, segundo ele, de cinco máscaras por servidor para “a garantia de um semestre letivo com tranquilidade”. Mais equipamentos de proteção individual devem ser adquiridos e distribuídos durante o ano. Além disso, há distribuição de máscaras cirúrgicas para os alunos.
Na manhã desta sexta-feira, O POVO esteve na Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Visconde do Rio Branco. Localizado no Centro de Fortaleza, o colégio tem em torno de 150 estudantes e aulas das 7 às 16h40min.
Na entrada e nos corredores, cartazes indicam as medidas de proteção contra o coronavírus. Álcool gel, pias para a higienização das mãos e ventilação dos espaços são algumas delas.
“O retorno era bastante esperado, tanto para aluno como para os pais. Todos temos as doses da vacina contra a Covid-19e e também a vacina da gripe. E praticamente 100% dos alunos se matricularam já confirmando a vacina”, aponta Alnedi Costa Lima, diretora do colégio.
Para a professora Isaura Matos, que trabalha há 20 anos na instituição, “é uma volta necessária”. “Os alunos estavam realmente precisando voltar ao convívio presencial. Não só pelas dificuldades de ficar em casa como pela questão da alimentação que a escola fornece, por exemplo”, analisa.
Recém-chegada na escola, a estudante da 1ª série do ensino médio Samile Keule Oliveira, 15 anos, diz que “a aula presencial é muito melhor se comparada à remota”. “Não acho um momento tão seguro, mas acho que não ia dar certo mais se fosse continuar só remoto”, afirma.
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