A cada 15 dias uma pessoa morre atingida por bala perdida no Ceará

 

Em menos de um ano e seis meses, 33 pessoas foram alvejadas por balas perdidas no Ceará. Todas elas vítimas da violência, que não tinham ligação com a situação do confronto armado. Estavam na hora e no lugar errado, como muitos resumem os episódios.

Em média, ocorre um caso a cada 15 dias. O dado disponibilizado pela Rede de Observatórios da Segurança é referente aos anos de 2020 (24 registros) e 2021 (de janeiro a maio, com nove fatos). Nesta soma estão inclusos casos que expressamente existia a informação de ferimento de arma de fogo por bala perdida, sem necessariamente a morte.

A socióloga da Rede e do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará (LEV-UFC), Ana Letícia Lins, destaca que a presença de conflitos e de arma de fogo nos territórios projeta um cenário de vulnerabilidade para todos.

As vítimas de bala perdida em sua maioria, estavam em territórios periféricos e estavam próximas ou presenciaram algum conflito armado. Chama a atenção, principalmente, a vitimização de crianças e adolescentes vítimas de bala perdida, um problema enfrentado também em outros estados (Rio de Janeiro, por exemplo)”

ANA LETÍCIA LINS

 

CRIANÇA ATINGIDA

Nas estatísticas da Rede está o caso de uma criança de 10 anos de idade atingida por bala perdida, na Avenida Presidente Costa e Silva. O caso aconteceu em novembro do ano passado, e o menino foi socorrido a uma unidade hospitalar após ser alvejado no tórax.

A criança e o pai estavam em uma oficina quando começou um tiroteio. Uma mulher, alvo dos criminosos, também foi atingida e morreu. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) afirma que a Polícia Civil concluiu inquérito acerca deste caso e remeteu o documento à Justiça.

Fonte: Diário do Nordeste

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