CPAP: tecnologia não-invasiva reduz em mais de 50% intubação de bebês no HRN


Bebês nascidos prematuros com síndrome do desconforto respiratório infantil necessitam de um suporte para respiração, prevenindo o desenvolvimento de insuficiência respiratória. No Hospital Regional Norte (HRN), vinculado à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), os recém-nascidos com o perfil recebem o CPAP nasal neonatal ainda na sala de parto. A tecnologia não-invasiva de respiração já reduziu em mais de 50% a taxa de intubação de prematuros no equipamento hospitalar.


Em 2018, a taxa de intubação de crianças internadas na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) era de 62,7%. O CPAP começou a ser utilizado em 2019 na Neonatologia e, desde então, o percentual vem caindo até alcançar os atuais 31,3%.


“Fomos ampliando, criando ciclos de melhoria, adaptando as formas de usar e tivemos resultados bem expressivos. Resolvemos entrar na fase de ampliação, que é capacitar os outros setores que também atendem as crianças: Centro Cirúrgico Geral (CCG), Centro de Parto Normal, Emergência Pediátrica… E fazermos um novo ciclo de treinamento da Neonatologia”, explica a coordenadora de Enfermagem da Neonatologia do HRN, Maria Cristiane Lemos.


Lemos destaca que, mesmo para bebês muito prematuros, de 26 ou 27 semanas, a primeira escolha é o uso do dispositivo. A tecnologia evita intubação, pneumonias associadas à ventilação, além de outros riscos. “Na Neonatologia, o menos é mais. Os cuidados menos invasivos causam melhores chances de sobrevida”, avalia.



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