Infectado pela variante delta teve contato com outros quatro moradores de Sobral, no Ceará.


Quatro pessoas são monitoradas após contato próximo com um dos infectados cearenses pela variante delta do coronavírus. O caso em questão está situado em Sobral, na região norte do Ceará. Conforme a secretaria de Saúde do município, as interações aconteceram durante uma viagem ao Rio de Janeiro. Os primeiros casos da variante indiana no Ceará foram confirmados nesta quinta-feira (29-07-2021), sendo outros dois em Fortaleza e um em Caucaia.
Todos os outros quatro monitorados que tiveram contato com o homem já confirmado com a variante delta moram em Sobral, mas a aproximação entre eles aconteceu durante viagem ao Rio de Janeiro. A Prefeitura de Sobral garante que os quatro estão sendo observados conforme os protocolos de segurança em saúde vigentes.
Desde que houve a confirmação de que quatro pessoas desembarcaram no Ceará infectadas pela variante delta, a Secretaria Estadual da Saúde informou que elas eram moradoras de Fortaleza (2), Caucaia e Itapipoca. A Secretaria de Saúde de Sobral, contudo, informou que a pessoa de Itapipoca possui residências em ambos os municípios, mas preferiu cumprir a quarentena em Sobral. Até esta quinta-feira (29), ele havia apresentado dor de garganta.
O órgão informa ainda que o jovem de 26 anos evolui bem clinicamente e está cumprindo isolamento domiciliar, sendo monitorado pelas equipes das vigilâncias Epidemiológica e Sanitária do município. Os contatos familiares também estão cumprindo isolamento e seguem em monitoramento, aguardando resultados de exames.
Quatro pacientes infectados no Ceará - Três entre os quatro pacientes do Ceará infectados com a variante delta tiveram sintomas da Covid-19, como dor de garganta e coriza. Um ficou assintomático. Todos os contaminados são moradores do Ceará e retornaram recentemente de viagem ao Rio de Janeiro, em três voos diferentes. Veja os sintomas na imagem ao lado:
Os primeiros casos de infecção pela variante delta (B.1.617) no Ceará foram confirmados pela Sesa nesta quinta-feira (29). Os quatro exames RT-PCR foram realizados no Centro de Testagem de Viajantes do Aeroporto Internacional de Fortaleza Pinto Martins.
“No caso desses quatro indivíduos, três apresentavam sintomas leves ou moderados, que na realização do teste rápido foi confirmado como positivo. Uma das pessoas era assintomática e também foi positivo”, explica Fábio Miyajima, pesquisador da Fiocruz no Ceará. Conforme Miyajima, 17 amostras positivas foram encaminhadas para o sequenciamento genético, processo que analisa de qual cepa do vírus está infectando a pessoa. Dessas, nove amostras já tiveram os resultados do sequenciamento, das quais quatro acusaram a presença da variante delta. As outras cinco testaram positivo para Sars-CoV-2, o vírus presente em recorrência no estado.
“Esses quatro tiveram uma nova amostra coletada para fins de contraprova e vigilância, no qual nós confirmamos não só detectando a Sars-Cov-2, — fazendo a identificação positiva do diagnóstico de Covid — mas também realizamos sequenciamento e confirmamos ser a variante delta”, explica o pesquisador.
Viajantes do Rio de Janeiro 
- Os quatro passageiros, três mulheres e um homem com idades entre 22 e 26 anos, são moradores de Fortaleza (dois), Caucaia e Itapipoca. Eles desembarcaram na capital cearense em três voos diferentes, oriundos do Rio de Janeiro, entre os dias 19 e 21 de julho.
Além de manter a autoquarentena, eles farão novas coletas para medição de carga viral, potencial de transmissão e estudo de anticorpos.
A Sesa garante que os quatro identificados com a variante delta estão sendo monitorados ativamente pela Vigilância Epidemiológica da pasta estadual e respectivas secretarias municipais de Saúde.
Variante mais transmissível de todas - A variante delta, identificada pela primeira vez na Índia em outubro do ano passado, vem preocupando especialistas, países e entidades internacionais, além de brasileiras. Ela é mais transmissível do que as demais variantes que já circulam no Brasil, como a gama, identificada inicialmente em Manaus; e a variante alfa, primeiramente encontrada no Reino Unido.
E a vacina? - Especialistas apontam que a delta é capaz de infectar pessoas que foram totalmente vacinadas, ou seja, que tomaram as duas doses da vacina. Os imunizantes atualmente aplicados não são capazes de impedir a infecção; eles apenas têm efetividade na prevenção de casos graves e óbitos provocados pelo vírus.
Uma pesquisa, assinada por pesquisadores do sistema de saúde do Reino Unido, da Universidade de Oxford e do Imperial College London, aponta que a eficácia da primeira dose das vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca é de 30,7% contra a variante delta — com uma variação de 25,2% a 35,7%. Com as duas doses, conforme o estudo, as taxas dos dois imunizantes duplicam e, em alguns casos, quase triplicam contra a delta. No caso da AstraZeneca, a eficácia chega a 67%, com resultados entre 61,3% a 71,8%. No caso da Pfizer/BioNTech, o mesmo índice chega a 88%, com variação entre 85,3% a 90,1%.
*** Informações com 👉 G1-CE

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