Companhia encerrou o período com R$ 2 bilhões em caixa e vem avançando em transformação digital e na internacionalização de suas marcas
Sobral, 29 de julho de 2021 – A Grendene registrou, no primeiro semestre de 2021, receita bruta de R$ 1,1 bilhão, um avanço de 6,9% frente ao mesmo período de 2019, enquanto atingiu um volume de pares embarcados da ordem de 58,9 milhões, um incremento de 0,4%. Também em comparação ao ano retrasado, o EBIT recorrente da empresa atingiu R$ 113,5 milhões, 64,6% maior; o lucro líquido recorrente foi de R$ 171,2 milhões, um crescimento de 22,7%; e a receita líquida chegou a R$ 881,3 milhões, avanço de 7,1%.
Devido ao cenário econômico atípico enfrentando por empresas, com paralisação quase total das atividades industriais por conta da pandemia do novo coronavírus, no segundo trimestre do ano, a Grendene optou por comparar seus últimos resultados com os obtidos no mesmo período de 2019.
No segundo trimestre deste ano, a companhia atingiu receita bruta de R$ 437,7 milhões, retração de 11,9% em comparação com 2019, enquanto o volume de pares embarcados para esse período foi de 23,5 milhões, recuo de 21,9%. Já a receita bruta/par foi de R$ 18,60, um incremento de 12,7% em comparação com o mesmo intervalo.
O diretor de Relações com Investidores da Grendene, Alceu Demartini de Albuquerque, explica que, além de questões sazonais, o segundo trimestre de 2021, principalmente março e abril, foi marcado por uma nova aceleração da pandemia. “A imposição de medidas mais rigorosas para conter o avanço da doença resultou em um aumento do nível de incerteza acerca da dimensão da crise e da retomada da economia como um todo”, analisa.
Ainda segundo o executivo, maio foi um ponto de inflexão no trimestre. “Em virtude da aceleração da vacinação, da flexibilização das medidas de restrição à circulação com a reabertura do comércio e do aumento do otimismo, foi constatado um crescimento expressivo do consumo frente aos dois meses anteriores”, pontua.
Mercados
No mercado doméstico, as vendas brutas registraram R$ 333,8 milhões, e o volume de pares embarcados foi de 18,4 milhões, um recuo de 16,4% e 25,5%, respectivamente, em relação ao segundo trimestre de 2019. Para o período, houve um incremento na receita bruta/par de 12,1%. Na visão semestral, as vendas para o mercado interno cresceram 1,6% frente o primeiro semestre de 2019, totalizando R$ 805,5 milhões.
Já no mercado internacional, as vendas da companhia aumentaram 6,4% em receita, enquanto o volume de pares embarcados recuou 5,4% no segundo trimestre de 2021, em comparação com o trimestre correspondente de 2019. Esse movimento refletiu no incremento da receita bruta/par de 12,5%. Já no primeiro semestre de 2021, a receita bruta cresceu 26% ante 2019, totalizando R$ 276,6 milhões, enquanto o volume de pares embarcados avançou 7,4% para 13,2 milhões.
“O mercado internacional é a principal alavanca de crescimento da companhia para os próximos anos. Embora a Grendene seja uma das maiores produtoras de calçados do mundo, possuímos participação inferior a 1% no mercado global. Há um oceano azul a ser desbravado”, sinaliza Albuquerque, enfatizando que conforme divulgado em fato relevante em 5 de julho, a Grendene assinou um Memorando de Entendimentos (MOU, sigla em inglês) com a 3G Radar para formar uma joint venture com o objetivo de distribuir e comercializar produtos em determinados mercados internacionais.
O resultado financeiro da Grendene atingiu R$ 48,7 milhões no segundo trimestre deste ano, um recuo de 9,1% frente ao mesmo período de 2019. O rendimento das aplicações financeiras foi R$ 10,2 milhões inferior, em função do CDI menor. Enquanto isso, o resultado das operações de câmbio foi R$ 14,3 milhões inferior. Já a soma do resultado do ajuste a valor presente (-R$ 5,3 milhões), das aplicações em renda variável (R$ 19,6 milhões), de outros ativos financeiros - SCPs - (R$ 2,8 milhões) e de outras operações financeiras (R$ 2,5 milhões) foi R$ 19,6 milhões superior ao do segundo trimestre de 2019.
“A Grendene encerrou o período com caixa de R$ 2 bilhões, mantendo sólida situação financeira. Estamos otimistas e confiantes em relação ao segundo semestre. Seguimos avançando com o nosso processo de transformação digital e inovação, investindo no e-commerce das nossas marcas, e buscando soluções eficientes e sustentáveis em toda nossa cadeia de produção e distribuição”, conclui o executivo.
Principais indicadores econômico-financeiros
milhões | 2T19 | 2T20 | 2T21 | Var. % 2T21/2T19 | 1S19 | 1S20 | 1S21 | Var. % 1S21/1S19 |
eceita bruta | 497,1 | 82,1 | 437,7 | (11,9%) | 1.012,4 | 532,6 | 1.082,1 | 6,9% |
Mercado interno | 399,4 | 54,9 | 333,8 | (16,4%) | 793,0 | 398,4 | 805,5 | 1,6% |
Exportação | 97,7 | 27,2 | 104,0 | 6,4% | 219,4 | 134,2 | 276,6 | 26,0% |
Receita líquida | 399,8 | 56,7 | 358,0 | (10,5%) | 823,1 | 428,9 | 881,3 | 7,1% |
Custo dos produtos vendidos | (244,2) | (33,1) | (231,0) | (5,4%) | (495,0) | (252,0) | (518,1) | 4,7% |
Lucro bruto | 155,6 | 23,6 | 127,0 | (18,4%) | 328,0 | 176,9 | 363,2 | 10,7% |
Desp. operacionais | (145,7) | (108,9) | (127,8) | (12,3%) | (19,7) | (222,5) | (260,1) | 1.217,9% |
Desp. operacionais recorrente | (134,2) | (52,9) | (137,7) | 2,6% | (259,1) | (166,5) | (267,1) | 3,1% |
Ebit | 9,9 | (85,3) | (0,8) | - | 308,3 | (45,6) | 103,1 | (66,6%) |
Ebit recorrente | 21,4 | (29,3) | 6,6 | (69,2%) | 68,9 | 10,4 | 113,5 | 64,6% |
Ebitda | 26,6 | (63,2) | 21,8 | (18,0%) | 341,7 | (2,4) | 148,9 | (56,4%) |
Ebitda recorrente | 38,1 | (7,2) | 29,1 | (23,4%) | 102,3 | 53,6 | 159,3 | 55,6% |
Res. financ. líquido | 53,6 | 45,3 | 48,7 | (9,1%) | 295,1 | 35,3 | 91,3 | (69,0%) |
Res. financ. líquido recorrente | 51,8 | 45,3 | 48,7 | (5,9%) | 103,0 | 35,3 | 91,3 | (11,3%) |
Resultado líquido | 49,4 | (44,4) | 33,2 | (32,9%) | 477,0 | (14,6) | 162,3 | (66,0%) |
Resultado líquido recorrente | 51,1 | 3,1 | 39,4 | (22,9%) | 139,5 | 32,8 | 171,2 | 22,7% |
Volume (mm pares) | 30,1 | 4,3 | 23,5 | (21,9%) | 58,6 | 30,3 | 58,9 | 0,4% |
Mercado interno | 24,7 | 3,4 | 18,4 | (25,5%) | 46,3 | 23,7 | 45,7 | (1,4%) |
Exportação | 5,4 | 0,9 | 5,1 | (5,4%) | 12,3 | 6,6 | 13,2 | 7,4% |
Receita bruta p/par (R$) | 16,50 | 18,92 | 18,60 | 12,7% | 17,26 | 17,58 | 18,37 | 6,4% |
Mercado interno | 16,16 | 16,28 | 18,12 | 12,1% | 17,12 | 16,80 | 17,64 | 3,0% |
Exportação | 18,09 | 28,11 | 20,35 | 12,5% | 17,81 | 20,38 | 20,90 | 17,3% |
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Margens % | 2T19 | 2T20 | 2T21 | Var. p.p. 2T21/2T19 | 1S19 | 1S20 | 1S21 | Var. p.p. 1S21/1S19 |
Bruta | 38,9% | 41,7% | 35,5% | (3,4 p.p.) | 39,9% | 41,2% | 41,2% | 1,3 p.p. |
Ebit | 2,5% | (150,3%) | (0,2%) | (2,7 p.p.) | 37,5% | (10,6%) | 11,7% | (25,8 p.p.) |
Ebit recorrente | 5,4% | (51,6%) | 1,8% | (3,6 p.p.) | 8,4% | 2,4% | 12,9% | 4,5 p.p. |
Ebitda | 6,6% | (111,4%) | 6,1% | (0,5 p.p.) | 41,5% | (0,6%) | 16,9% | (24,6 p.p.) |
Ebitda recorrente | 9,5% |
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