Papa Francisco reaparece em público no Vaticano e pede paz mundial

 


Depois de cancelar sua participação em dois eventos devido a uma dor ciática crônica, o papa Francisco voltou a aparecer em público nesta sexta-feira (1º) no Vaticano.

O pontífice não mostrou nenhum sinal de desconforto nem mencionou seu problema de saúde ao fazer um discurso e uma oração ao meio-dia (8h em Brasília) em um púlpito na biblioteca do Palácio Apostólico, ao lado de uma árvore de Natal e de imagens representando Maria, José e o menino Jesus.

A bênção do meio-dia normalmente é dada de uma janela com vista para a Praça de São Pedro, mas foi movida para um ambiente interno com o objetivo de evitar que qualquer multidão se reunisse e limitar a disseminação do coronavírus. "A vida hoje é governada pela guerra, pela inimizade, por muitas coisas que são destrutivas. Nós queremos a paz. É um presente", disse Francisco.

"Os dolorosos acontecimentos que marcaram a jornada da humanidade no ano passado, especialmente a pandemia, nos ensinaram o quanto é necessário nos interessar pelos problemas dos outros e compartilhar suas preocupações."

Em seu primeiro evento público do ano, Francisco também destacou suas preocupações com Iêmen, país afetado por anos de violência entre uma coalizão liderada pela Arábia Saudita e o movimento Houthi, alinhado ao Irã. Na última quarta-feira (30), ao menos 22 pessoas morreram e 50 ficaram feridas em um ataque ao aeroporto de Aden, capital temporária do país, que desencadeou novos conflitos entre os dois grupos.

"Expresso minha tristeza e preocupação com a nova escalada de violência no Iêmen, que está causando inúmeras vítimas inocentes", disse o papa. "Vamos pensar nas crianças do Iêmen, sem educação, sem remédios, famintas."

Preocupação com o papa

A preocupação com a saúde de Francisco é uma constante no Vaticano. Com seus 84 anos completados em dezembro, o pontífice argentino é considerado integrante dos grupos de risco da Covid-19.

Além da idade avançada, o papa teve uma doença em sua juventude e o tratamento envolveu a retirada de parte de seu pulmão direito, de acordo com informações do livro "Vamos Sonhar Juntos", biografia de Jorge Bergoglio produzida em colaboração com o jornalista britânico Austen Ivereigh.

Pouco antes do Natal, dois cardeais que fazem parte do círculo íntimo do papa, um polonês e um italiano, receberam diagnóstico de Covid-19. O Vaticano ainda não indicou quando Francisco deve ser vacinado contra o coronavírus.

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