À Polícia Civil do DF (PCDF), os PMs disseram que Jaqueline ainda respirava, com dificuldade, quando conseguiram render Ricardo.
Um dos vizinhos de Ricardo Silva Souza, 35 anos, preso na manhã desta sexta-feira (11/12) ao ser flagrado desferindo diversas facadas contra Maria Jaqueline de Souza, 34 anos, filmou, em detalhes, o assassinato. Nas imagens, as quais o Metrópoles teve acesso, é possível ver claramente o homem esfaqueando a mulher, repetidamente.
Com uma grande quantidade de sangue nas mãos, o acusado gritava “Filho de Deus! Filho de Deus!”, enquanto cravava a lâmina no corpo da vítima insistentemente. O vídeo não será publicado, em respeito aos leitores e aos familiares de Maria Jaqueline.
Autor e vítima haviam, aparentemente, iniciado um relacionamento há pouco tempo. Segundo consta no boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam II) de Ceilândia, foi um vizinho quem chamou a polícia. Após acionar os militares, o homem iniciou a gravação com o próprio celular, feita da janela da casa onde ocorreu o crime.
Sentado sobre o corpo de Maria Jaqueline, Ricardo dizia frases desconexas, todas ligadas à religião. “Jesus. Filho de Deus. Filho de Deus. Só o Senhor Jeová. Só o Senhor Jeová”, gritava o homem, esbaforido, enquanto matava a namorada.
O crime aconteceu na casa do acusado, na Chácara 151 do Trecho 1, no Sol Nascente. No local, foram encontradas substâncias identificadas até o momento como cocaína. Policiais militares que atenderam à ocorrência disseram que Ricardo aparentava estar em surto psicótico e sob efeito do entorpecente.
Na tentativa de tirar o homem de cima da vítima, os militares usaram arma de choque e precisaram efetuar dois disparos de arma de fogo contra Souza: um no braço esquerdo e outro na altura da clavícula esquerda. Mesmo assim, ele demorou a esmorecer.
À Polícia Civil do DF (PCDF), os PMs disseram que Jaqueline ainda respirava, com dificuldade, quando conseguiram render Ricardo. Porém, em poucos minutos, a mulher faleceu.
Ricardo Silva Souza foi detido e levado ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde recebeu atendimento médico.
A delegada chefe da Deam II, Adriana Romana, contou detalhes do brutal feminicídio. “Apesar do relacionamento deles, ao que tudo indica, ser breve, o crime se enquadra como feminicídio”, explica a delegada. Às autoridades, vizinhos contaram que foi a primeira vez que viram a vítima no local. Maria Jaqueline deixa quatro filhos, dois deles de um relacionamento anterior, finalizado há cerca de um ano.
Veja o vídeo da delegada Adriana Romana:
Fonte: Portal Metrópoles
0 Comentários