Três dias após o resgate de uma cobra da espécie píton albina, na zona rural de Mucambo, região Norte do Ceará, o animal encontra-se em tratamento em uma clínica veterinária da cidade de Sobral, sem previsão de ser liberada. A serpente exótica, com quatro metros de comprimento, apresenta escoriações, alguns ferimentos e necessita da continuidade de cuidados veterinários devido a um quadro inflamatório.
O médico veterinário, Ildefonso Cavalcante, que está acompanhando a serpente de forma voluntária, explicou que “na manhã desta segunda-feira (14) foi feito exame de Raio-X e não há previsão sobre data de liberação”.
A cobra está em um lugar adequado na clínica, sendo alimentada e medicada. Ildefonso Cavalcante espera uma nova mudança de pele que pode ocorrer no prazo entre 20 a 45 dias. “Quando ela estiver bem, a gente libera”, frisou. “Ela deve ter cerca de cinco anos de vida”.
Para o veterinário não há como precisar com certeza a origem dos ferimentos que podem ser decorrentes de “agressão de moradores, interrupção da troca de pele, atrito com mata e pedra e do ato de captura”. Entretanto, ele acha que “provavelmente foi resultado de agressão de moradores”.
Por ser uma espécie exótica, originária da África, Austrália e da Ásia, a cobra não pode ser solta na natureza no Brasil e deverá ser levada para um zoológico ou ser doada para uma unidade legalmente autorizada a receber a serpente.
O quartel dos Bombeiros de Sobral, que fez o resgate da cobra, ainda vai decidir o destino do animal, juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Resgate
A cobra foi localizada por moradores do sítio Caiçara, zona rural de Mucambo, no pé da serra da Ibiapaba, na região Norte do Estado, por uma equipe do quartel do Corpo de Bombeiros de Sobral.
A cobra estava perto das casas e os moradores ficaram assustados e acionaram a Polícia Militar que entrou em contato com o Quartel do Corpo de Bombeiros de Sobral.
O major Mardens Vasconcelos, comandante do Corpo de Bombeiros em Sobral, frisou que a cobra é “exótica e rara por ser albina”.
Sem veneno
Diferentemente de que muitos imaginam, as serpentes da família píton não possuem dentes inoculadores de veneno, mas têm presas afiadas curvadas pra dentro para agarrar sua presa. São constritores, ou seja, apertam a presa até que morra.
A jiboia e a sucuri também são constritoras. As pítons variam de 4,5 a 6 metros de comprimento. Raramente atacam os seres humanos.
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