Bombeiros registram nove mortes e um desaparecido em Santa Catarina e Defesa Civil confirma uma morte em Nova Prata, no Rio Grande do Sul.
Subiu para dez o número de mortos por ciclone extratropical, conhecido como ciclone bomba, que atingiu estados da região sul do país. Em Santa Catarina, o fenômeno provocou nove mortes até a manhã desta quarta-feira (1º) e, no Rio Grande do Sul, um óbito foi registrado.
De acordo com Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, foram registradas nove mortes e uma pessoa desaparecida. Até o momento, as mortes foram de uma idosa em Chapecó, um homem em Santo Amaro da Imperatriz, três óbitos em Tijucas, um homem de 59 anos em Ilhota, um homem de 73 anos em Rio dos Cedros, uma vítima em Governador Celso Ramos e uma mulher em Itaiópolis.
Os Bombeiros informaram ainda que, neste momento, há uma vítima desaparecida em Brusque. O Corpo de Bombeiros trabalha para atender a população após o evento climático que assolou o estado desde a tarde da terça-feira (30).
Segundo os órgãos, estão envolvidos mais de mil bombeiros militares, empregadas 380 viaturas, duas forças-tarefa e um cão de busca para atender mais de 1.600 ocorrências.
Em relação à morte registrada em Nova Prata, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, informou, por meio de nota, que não poderia afirmar que "o deslizamento se deu em decorrência da chuva, mas sabemos que essa condição climática favorece a instabilidade do solo."
"Agora teremos de aguardar a perícia para confirmar a influência da condição climática no momento da ocorrência, que acabou tragicamente levando a óbito um trabalhador da construção civil", afirmou o órgão.
No Paraná e no Rio Grande do Sul, a ventania e o temporal provocaram danos em diversos prédios. Em Santa Catarina, a formação com ventos que chegaram a 120km/h atingiu o Estado de Santa Catarina nesta terça-feira (30).
A rede de telefonia celular sofreu danos em algumas cidades catarinenses. Por isso, os bombeiros colocaram os seguintes telefones à disposição da população em casos de emergências.
Rio Grande do Sul
O estado registrou na terça-feira (30) 835 mil pessoas sem energia elétrica, depois que fortes ventos e muita chuva chegaram na regiões da Grande Porto Alegre e Serra Gaúcha.
Para esta quarta-feira (1º), a previsão é de mais ventos fortes. Por enquanto, segundo a Defesa Civil de Porto Alegre, apesar de todos os estragos, não há registros de pessoas desabrigadas na capital.
O ciclone vai passar pelo Sudeste do país. Em São Paulo, as rajadas podem chegar a 100 km/h. A temperatura também vai despencar: pode ser o dia mais frio do ano na capital paulista com mínima na casa dos 7 graus.
Paraná
As fortes chuvas também chegaram ao Paraná, atingindo entre outras cidades, a capital do estado, Curitiba, e municípios próximos. Até 19h de terça-feira (30), a prefeitura de Curitiba registrou 406 solicitações de ocorrências com quedas de árvores ou galhos, em vias públicas e terrenos particulares. No entanto, muitas chamadas foram para um mesmo endereço.
“Enquanto estiver chovendo, a orientação da Defesa Civil é que se evite sair de casa. Se a pessoa já estiver na rua, deve evitar se abrigar embaixo de árvores e de estruturas metálicas, estando a pé ou de carro. Redobre a atenção e reduza a velocidade”, diz boletim da Defesa Civil de Curitiba.
A Copel (Companhia Paranaense de Energia) classificou os estragos como “pior evento climático da história da empresa”. No momento de pico, 875 mil moradias ficaram sem luz. No momento, ainda há 360 mil desligadas. A região leste, que inclui Curitiba, região metropolitana e litoral, foi uma das mais atingidas e chegou a 530 mil residências atingidas.
(R7)
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