Conforme relatório do Conselho Nacional de Presbíteros (CNP), foram registrados 41 padres infectados com a Covid-19; Fortaleza concentra 21 das ocorrências
A Igreja Católica também foi um dos setores afetados pela pandemia do coronavírus. No Ceará, além da
Ao todo, 37 padres receberam diagnóstico positivo e quatro faleceram em decorrência da doença. O número representa 11% dos 368 padres infectados pela doença em todo o Brasil.
Somente em Fortaleza, estão concentradas 21 ocorrências e três mortes, segundo o CNP. Contudo, dados mais atualizados da Arquidiocese de Fortaleza, de abril a 29 de julho, contabilizaram cinco óbitos de sacerdotes causados pela Covid-19. Durante o mesmo período, outras cinco mortes foram ocasionadas por enfermidades distintas, como insuficiência cardíaca ou renal, e câncer.
Ao todo, oito cidades cearenses apresentaram padres confirmados com o novo coronavírus. No interior, Sobral é o município com a maior quantidade de padres contaminados, com seis casos. O relatório do Conselho também apresenta Crato e Iguatu, ambos com quatro ocorrências, e Limoeiro do Norte, com duas. As cidades de Tianguá, Quixadá, Itapipoca contabilizam um caso, cada uma.
O padre Fernando Antônio, responsável pela Paróquia São Francisco das Chagas, em Maracanaú, conta que começou a sentir os sintomas da doença em maio. “Eu inicialmente achei que fosse uma crise alérgica. Depois, comecei a desenvolver uma febre e tosse seca. Achei que as dores no corpo fossem por causa das atividades do dia. Não tive perda de paladar nem de olfato, e também não tive perda de oxigênio”, relata.
O sacerdote recebeu a confirmação de que era Covid-19 depois que saiu do isolamento, que durou quase um mês, mais precisamente no dia 28 de maio. O exame de sorologia detectou que Fernando teve contato com o vírus e estava imune.
Já o bispo de Crateús, Dom Ailton Menegussi - um dos nove bispos acometidos pela doença no Brasil -, também recebeu o diagnóstico positivo, mas relembra que não manifestou sintomas. “Eu fui assintomático. Senti um mal-estar e foi pensado que era outra coisa, mas o pessoal achou por bem que eu fizesse o exame”, diz.
Uma das vítimas fatais no Estado foi o monsenhor Eusébio de Oliveira Lima, um dos membros mais idosos da Diocese do Crato. O sacerdote faleceu no dia 1º de julho, aos 91 anos, em Barbalha, onde estava internado. Natural de Limoeiro do Norte, ele exerceu atividades religiosas ao longo de 66 anos.
Via G1 CEARÁ
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