Polícia Civil dá dicas de como se proteger de golpes em tempos de combate ao novo coronavírus



No Ceará, no Brasil e no mundo, cada vez mais as pessoas estão se protegendo em casa para evitar a propagação do novo coronavírus (Covid-19). Durante esse tempo de isolamento social, os cidadãos estão acessando mais a internet, por terem mais tempo livre. Diante desse cenário, criminosos têm se aproveitado do momento de crise para aplicar uma série de golpes virtuais. É importante que você e sua família fiquem atentos para não se tornarem mais uma vítima desses criminosos. Para não se tornar a próxima vítima, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) explica os golpes mais comuns nesta época e dá dicas de como se prevenir.

Na atualidade, durante a pandemia da Covid-19, criminosos têm agido de diversas formas, buscando tirar vantagem sobre muitas vítimas. Entre os golpes que vêm sendo mais praticados estão:

– Agende teste do coronavírus em casa;
– Fabricação de vacina Covid-19;
– Kit gratuito de máscara e álcool em gel dado pelo governo;
– Álcool gel da Ambev. Registre-se;
– Aplicativos rastreadores de doença pelo mundo;
– Netflix – Liberação de acesso grátis;
– Formulário de auxílio emergencial;
– Sites falsos sobre o coronavírus;
– Spoofing de e-mail com links maliciosos (e-mails falsos de hospitais);

Os tipos de golpes citados acima consistem em links maliciosos propagados via WhatsApp, e-mails e redes sociais. Eles são categorizados na prática conhecida como Phishing (“pescaria”, em português), que consiste no ato de tentar adquirir informações como nomes de usuários, senhas, detalhes de cartão de crédito e, às vezes, indiretamente, dinheiro, fingindo ser uma entidade confiável em uma comunicação eletrônica. Os ataques de phishing podem resultar na exposição e perda de informações que podem ser usadas de maneira maliciosa e prejudicar a reputação da vítima.

Algumas dicas para se proteger desses golpes virtuais são:

– Não faça download de softwares e aplicativos de origem desconhecida;

– Não abra links desconhecidos enviados por e-mail ou aplicativos;

– Habilite a verificação em duas etapas nos aplicativos e e-mails;

– Desconfie sempre e cheque a fonte;

– Não clique em links contidos em SMS, mensagens instantâneas ou em postagens em mídias sociais de pessoas ou organizações desconhecidas, que possuem endereço suspeitos ou estranhos.

Outra medida importante para não cair em golpes é não enviar dinheiro ou valores solicitados por mensagem ou ligação. Certifique-se de quem se trata a pessoa com quem você está em contato para não cair em um golpe.

Golpe da conta do WhatsApp

Outro golpe conhecido e bastante propagado neste período de isolamento social, trata-se do WhatsApp clonado. Esse golpe consiste em um contato do criminoso com a pretensa vítima via bate-papo. Geralmente, o criminoso envia um link para o aparelho celular da vítima, fingindo ser de um site de compras ou de uma instituição financeira. Ao clicar no link, a vítima tem seus dados clonados pelo estelionatário. Em pouco tempo, a vítima tem sua conta de WhatsApp bloqueada, e o estelionatário passa a usar o perfil da vítima. Dessa forma, ele entra em contato com a rede de relacionamentos registrada no aplicativo, fingindo ser a vítima e pedindo favores como empréstimos. Muitas pessoas, acreditando que estão falando com seu amigo, transferem o pagamento solicitado sem buscar outra forma de conferir a veracidade da mensagem.

Ao se deparar com tal situação, é indicado entrar em contato com o amigo por meio de uma ligação telefônica para confirmar se a solicitação procede e sempre ficar atento com o recebimento de links suspeitos. Outra forma de evitar o golpe é ativar a verificação em duas etapas, um mecanismo de segurança disponível no aplicativo WhatsApp. Assim, qualquer tentativa de verificação de um número de telefone no aplicativo terá de ser acompanhada por um PIN (senha) de seis dígitos, criado pelo usuário. Para a Polícia, essa é a melhor forma de se prevenir contra o golpe.

O delegado Julius Bernardo, da Célula de Inteligência Cibernética do Departamento de Inteligência Policial (DIP) da Polícia Civil, chama atenção para alguns cuidados básicos que evitam o criminoso de ter sucesso em sua investida. “É importante alertar que as pessoas configurem o aplicativo para a verificação em duas etapas. É uma medida de segurança, que impedirá o criminoso de acessar a conta da vítima de outro aparelho, porque ele pedirá o PIN do celular. Já para aquelas pessoas que receberem mensagens de pessoas conhecidas, solicitando dinheiro, por exemplo, é importante que elas entrem em contato em ligação, para ouvir a voz do usuário da conta e questionar sobre o pedido via mensagem”, explica.

Outros cuidados

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) orienta a população no sentido de registrar um Boletim de Ocorrência (B.O) caso tenha sido alvo de algum dos golpes. O registro é possível ser feito pela Delegacia Eletrônica (Deletron), através do endereço https://www.delegaciaeletronica.ce.gov.br/beo/.

Já para recuperar a conta, o usuário deve enviar um e-mail para support@whatsapp.com. O assunto deve conter a informação “Perdido/Roubado: Por favor, desative minha conta”. O corpo do e-mail, a pessoa deve colocar o número do telefone com o código do país (o código do Brasil é +55), por exemplo, +55 (85) 99999-9999. Ao receber a informação, a empresa irá desativa a conta, que só poderá ser utilizada novamente após sete dias.

Caso o criminoso tenha habilitado a verificação em duas etapas, a vítima deverá reinstalar o aplicativo e digitar códigos aleatórios e em repetidas vezes. Com isso, a conta será suspensa, e depois de sete dias, o usuário receberá um novo SMS com o novo código de ativação.

De forma geral, o delegado titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) da PCCE, Eduardo Tomé, alerta para que a população desconfie do que parece ser muito vantajoso e busque se certificar em sites de apoio ao consumidor sobre as empresas visadas. “Siga a regra dos três conselhos: Não acredite em propostas mirabolantes, não seja ganancioso ou ingênuo e fique atento sempre, pois o estelionatário se utiliza dessa falta de atenção do cidadão para induzi-lo ao erro e executar seu crime”, pontuou Eduardo Tomé.

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