O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), repudiou e rebateu as declarações de Jair Bolsonaro que afirmou, na noite dessa terça-feira (28/4), que não poderia fazer nada sobre o Brasil ter ultrapassado a China no número de mortes causadas pelo novo coronavírus.
“E daí? Lamento. Quer que que eu faça o que? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, afirmou Bolsonaro. Na Manhã desta quarta-feira (29/4), ao comentar a fala polêmica, o presidente disse que a conta pelos óbitos é dos governadores e chegou a citar o mandatário de São Paulo e que ele deveria explicar.
Na tradicional coletiva para informar sobre a situação da Covid-19 no estado, nesta quinta-feira, Doria iniciou comentando as declarações do presidente. “Eu posso enumerar algumas atitudes que o senhor já deveria ter tomado como presidente da República e não tomou. Começando por respeitar os brasileiros", disse.
Na fala, Doria primeiro se solidarizou pelas mortes ocorridos em todo o país. “Saia da sua bolha, presidente Bolsonaro. Saia dessa sua fábula. Saia desse seu mundinho de ódio. Percorra hospitais. Seja solidário com a realidade do seu país, com os brasileiros que já perderam suas vidas”, prosseguiu o tucano.
O governador também lembrou que o presidente chamou a doença de gripezinha. “O senhor disse que o Brasil estava vivendo uma gripezinha, resfriadinho. E agora, diante de mais de 5 mil mortos, o senhor continua afirmando que o país está vivendo uma pandemia de uma gripezinha?”, questionou.
Visita a São Paulo - O tucano também convidou Bolsonaro para ir pessoalmente conhecer a situação em São Paulo. “Saia da sua bolha, presidente Bolsonaro, saia da sua fábula, saia do seu mundinho de ódio. Não frequente apenas seu gabinete de ódio, percorra hospitais. Seja solidário com a realidade de seu país, com os brasileiros que já perderam suas vidas”, disse.
Doria também pediu respeito por parte do presidente. “Que respeite o luto de mais de 5 mil famílias que perderam seus entes queridos e que hoje estão sepultados. Respeite os médicos, os enfermeiros, os profissionais de saúde, que ao contrário do senhor que vai treinar tiro, eles estão trabalhando para salvar vidas, proteger pessoas. Pare com essa política da perversidade, de atrapalhar quem está salvando vidas”, pediu.
#fiqueemcasa*** Informações com JORNAL CORREIO BRAZILIENSE
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