Maria Mariana fez sucesso na TV muito jovem, como a Diana da série Confissões de Adolescente (1994-1996). Aos 47 anos, ela volta a ter um papel em uma atração criada por seu pai, Domingos Oliveira (1936-2019), e retoma o trabalho de atriz após superar um tumor cerebral que a deixou em coma por 21 dias. "Eu praticamente renasci", diz.
A intérprete de Clarissa em Todas as Mulheres do Mundo, seriado que estreou na Globo no último dia 23, conta com detalhes como foi a descoberta da doença, a operação após ter uma superconvulsão e a recuperação.
"Tive um tumor cerebral em 2015, fiquei dois anos em recuperação. não sentia dore de cabeça, não sentia nada. Até que tive uma superconvulsão. Me levaram para o hospital, tive que fazer cirurgia, fiquei 21 dias em coma e depois fiquei dois anos fora do ar para me restabelecer."
Maria Mariana deu uma entrevista à jornalista Thayná Rodrigues, repórter da equipe da coluna de Patricia Kogut, do jornal O Globo, na qual falou também sobre as dificuldades que teve de enfrentar nos últimos anos e fez um balanço de sua vida.
"Graças a Deus agora estou me sentindo bem intelectual, física e emocionalmente. Não estou com pressa. Tudo tem seu tempo de acontecer. Tive que reaprender tudo: de andar a entender, agradecer... Mudou tudo. Me sinto totalmente renovada, vendo a vida de outro lugar. Sinto que isso que aconteceu pode ter sido uma preparação para lidar com a morte do meu pai. Eu estava bem mais forte", comenta a atriz.
A despedida do pai - Ela revela que teve um último encontro "lindo" com Oliveira. "Ele só conseguia falar da morte comigo. Creio que porque acredito em reencarnação, tenho uma religião espírita", fala, antes de explicar como foi a despedida dele.
"Ele estava bem, sabe? Tem sempre uma melhora antes de a pessoa ir. E eu estava lá neste momento. Passamos a noite juntos vendo um filme, era uma obra francesa tão bonita. É que as opiniões que eu dava realmente traduziam o que ele estava fazendo. Ele desencarnou como ele queria. Ele escreveu um texto, registrou em cartório um documento que dizia que ele não poderia ir para o hospital sem que estivesse lúcido. Ele tinha muito medo. Ficou em casa, contra tudo e contra todos", conta Maria.
As gravações da série vieram depois desse momento na vida dela. A atriz, que também tem outras profissões, gostou de ter voltado à TV justamente em uma série adaptada de seu pai.
"Meu pai tinha desencarnado há pouco tempo. No set, recebi muito afeto das pessoas. Estar fazendo a série é diferente do que seria qualquer outro trabalho. Fico feliz. Mais uma vez, é meu pai me abençoando. Por um tempo, me distanciei um pouco da televisão, fui me encaminhando para os bastidores, tive quatro filhos."
Ela é mãe de três meninas e um menino, com idades entre 20 e 13 anos. "Agora estou morando em Petrópolis [região serrana do Rio de Janeiro]. Hoje sou professora de ioga, tenho formação em Antroposofia, Constelação Familiar... Tenho formação como terapeuta, mas agora curso também a gradução em Psicologia. E tem tudo a ver com o papel [na série]", declara.
#fiqueemcasa
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