Bica do Ipu será beneficiada com projeto piloto de recuperação de nascentes





A Área de Proteção Ambiental (APA) da Bica do Ipu, no interior do Ceará, receberá nesta sexta-feira (14) um projeto piloto de recuperação de nascentes. O “Preservação de Nascentes da Bacia do Acaraú”, lançado pelo Comitê de Bacia Hidrográfica (CBH), tem o objetivo de reflorestar a mata ciliar da unidade. A Bica do Ipu, maior cachoeira da Serra da Ibiapaba e atrativo turístico da região Norte, será beneficiada com as ações.
A cachoeira possui uma queda d'água de 130 metros e voltou a jorrar em janeiro deste ano, após chuvas da pré-estação.
“A maior preocupação recai sobre a Bica do Ipu, que era perene e hoje é sazonal. Houve desmatamento, queimadas, incêndios na região, que também tem uma atividade agrícola muito forte. Então, temos que preservá-la”, ressalta Tatiana Angelo, gestora da APA. Durante aproximadamente 1 ano, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) realizaram os estudos para operacionalizar a intervenção.
O evento conta com a participação do Comitê de Bacia Hidrográfica do Acaraú, Sema, Cogerh, Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará (SRH) e sociedade em geral.
Ipuçaba - O riacho Ipuçaba, que desemboca no rio Jatobá, no sertão cearense, será o primeiro a receber o projeto. A intervenção será feita em uma de suas nascentes, localizada no Sítio São Paulo, na Serra da Ibiapaba. Segundo Tatiana Angelo, o riacho pertence à bacia hidrográfica do rio Acaraú e forma diversas cachoeiras ao longo de seu trajeto, sendo a principal delas a Bica do Ipu. A recuperação das nascentes do riacho é considerada necessária devido às ações humanas.
A recuperação conta com o processo inicial de mapeamento e cercamento circundando a nascente em um raio de 50 metros. Em janeiro deste ano, a Cogerh realizou o cercamento com serviço feito com mão de obra e materiais próprios, portanto, com custos reduzidos. Após este processo, é feito o reflorestamento da área. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Acaraú deve definir os prazos e execução da operação, que deve ser permanente.
Bacia do Acaraú - Além da nascente do Ipuçaba, outras áreas ao longo do rio Acaraú (370 metros de extensão) devem receber intervenções. “Preservar as nascentes, existentes em torno de toda a extensão do rio, é primordial. O objetivo do projeto é garantir a segurança hídrica para o momento presente e para o futuro”, ressalta o presidente do CBH, José Maria Gomes Vasconcelos. As nascente são protegidas por lei.
Além do Acaraú, o Ceará possui 11 bacias hidrográficas em seu território. Este ano, a Sema deve deve elaborar programas de reflorestamentos e criação de unidades de conservação para recuperar as nascentes dos principais rios.
“O governador [Camilo Santana] determinou que os secretários buscassem os comitês de bacias para recuperar as nascentes dos principais rios e afluentes do Estado com programas de reflorestamentos e criação de unidades de conservação”.

*** Informações com G1-CE

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