Estudante é morta estrangulada pelo namorado
Suspeito foi preso em flagrante, confessou o crime e vai responder por feminicídio
O delegado informou que o casal passou o dia consumindo bebidas alcoólicas junto com o pai e uma irmã de Torres, com os quais moravam. Ainda segundo o delegado, inicialmente Torres negou ser o autor do crime, mas posteriormente confessou que durante a relação sexual “esganou e bateu na vítima, vindo ela a desacordar e falecer em seguida”.
Ele disse que os dois tinham costume de praticar violência durante o sexo. Mas vimos que havia agressões no supercílio da vítima e que no pescoço, além das marcas de estrangulamento, tinham perfurações de unhas”, disse o delegado ao CORREIO.
Pela violência empregada nas agressões é que o crime foi considerado como de feminicídio, informou o delegado. Pela Lei 13.104/2015, o feminicídio é considerado crime hediondo, com pena mais grave, e tem como principal fundamento o fato de ter sido cometido em razão de gênero.
O delegado informou ainda que, segundo familiares da vítima, o casal tinha costume de discutir, “sobretudo em razão de ciúmes da parte dela, que o proibia até de sair com os amigos, mas nunca presenciaram agressão de ambas as partes”.
De acordo com a delegada titular de Itagi, Wilma Auxiliadora Caldas, familiares relataram que a vítima já havia sido agredida pelo namorado outras vezes. Joseph está à disposição da Vara Criminal de Itagi, onde deverá ser encaminhado à audiência de custódia. “Expedimos as guias para perícia e instauramos o inquérito”, explicou a delegada.
O Atlas da Violência de 2019, divulgado em março, com base em dados de 2017, aponta crescimento do feminicídio no Brasil, com cerca de 13 assassinatos por dia. Ao todo, 4.936 mulheres foram mortas, o maior número registrado desde 2007.
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