A prisão de um suposto empresário colombiano em Fortaleza, nesta segunda-feira (27), pode levar as autoridades da Segurança Pública local a desarticular uma organização criminosa daquele país que se instalou no Ceará para a prática de agiotagem, roubos e outros delitos. O estrangeiro foi detido após ser reconhecido como envolvido em uma “chegadinha” bancária que deixou um agente penitenciário baleado e em estado grave.
O crime ocorreu na manhã de ontem, na Avenida Washington Soares, bairro Água Fria, no momento em que o agente escoltava um empresário que iria depositar cerca de R$ 80 mil em espécie numa agência bancária. A “chegadinha” bancária foi filmada pelas câmeras de rua. Os ladrões roubaram o malote e a arma (pistola) do agente.
O colombiano identificado como José Dorian Vanegas Benjumea, 39 anos, foi reconhecido através das imagens gravadas pelas câmeras. Segundo a Polícia, o bandido agiu com um parceiro. No vídeo, os dois homens estão em uma caminhoneta importada, prata, parada na porta do banco e aguardam a chegada do empresário. No momento em que os dois homens aparecem com o malote, são surpreendidos e atacados pelos ladrões.
Baleado
O agente penitenciário que fazia a escolta do empresário foi identificado como Eudes de Lima Santos de Araújo. Ele recebeu, pelo menos, dois tiros e foi socorrido em estado grave para o Instituto Doutor José Frota (IJF-Centro). Os assaltantes fugiram em uma motocicleta que já estava estrategicamente posicionada no estacionamento da agência bancária.
Com as imagens dos bandidos e as placas da caminhoneta e da motocicleta usadas no crime, a Polícia Civil identificou o colombiano. Em sua ficha criminal, ele tem como endereço em Fortaleza a Rua Eretides de Alencar, no Jardim Iracema (Zona Oeste).
José Dorian Vanegas Benumea, natural do Distrito do Valle, já tem uma ficha criminal extensa e entre os delitos praticados, uma formação de quadrilha. A Polícia suspeita que ele seja um dos “cabeças” da organização criminosa que está atuando em Fortaleza e em vários Municípios cearenses na prática da agiotagem e, para “fazer caixa”, estaria comandando e participando pessoalmente de ataques bancários como “saidinhas” e “chegadinhas”.
(Fernando Ribeiro)
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