A deputada estadual Teresa Britto (PV) comparou alguns setores do Hospital Regional Justino Luz, em Picos, a uma estrebaria (espaço onde vivem cavalos). A polêmica declaração foi dada durante a visita da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Estado, na segunda-feira (27).
Teresa Brito, juntamente com os demais membros, os deputados Francisco Costa (PT), Lucy Soares (PP) e Gustavo Neiva (PSB) conversaram com pacientes e profissionais que atuam no hospital.
Conforme o Portal GP1, a comissão se deparou com pacientes em macas nos corredores e numa espécie de galpão improvisado, onde, segundo a deputada Teresa Britto, as paredes não têm portas, nem janelas e não existe climatização, “não tem nada, um local insalubre”.
Durante a vistoria, foi constatado também que as obras da segunda etapa da urgência, das alas A (obstetrícia) e B (clínica médica), além do Centro de Partos Normais, estão paralisadas.
“Então, foi muito chocante num primeiro momento! Já solicitamos que sejam retirados os pacientes daquele lugar, que é um local insalubre, é negligência, não pode acontecer. A primeira providência é retirar todos os pacientes daquele local e transferi-los para um lugar mais apropriado, que ao menos não seja insalubre” – recomendou a deputada Teresina Brito.
Objetivo da visita
A presidente da Comissão de Saúde da Alepi disse que o objetivo da visita é vê todos os problemas enfrentados pelo Hospital Justino Luz, em Picos. Eles chegaram ao conhecimento dos deputados através de denúncias de pacientes e de servidores que relataram a precarização dos serviços, assim como o atraso de salário para algumas categorias, especialmente os terceirizados e contratados.
“Aqui em Picos constatamos um quadro preocupante! Ali no Grupo PS já vimos que os pacientes estão trazendo os lençóis de casa. Isso é insalubre e pode aumentar o risco do paciente, que fica mais exposto a uma infecção” – alertou a deputada Teresa Brito. Segundo a parlamentar, a Comissão também ficou sabendo que o Hospital Justino Luz tem um déficit orçamentário de R$ 600 mil por mês para custeio. Além de problemas de higienização, infraestrutura, superlotação e atraso nos salários de servidores terceirizados e contratados.
“Primeiro nós viemos vê a situação de perto e depois vamos elaborar um relatório e entregar ao governador Wellington Dias (PT), ao Ministério Público e ao Ministério da Saúde. Vamos cobrar do governador, pois ele tem que destinar recursos, fazer essas reformas e dá condições ao hospital, que é referência para a região, funcionar a contento” – apontou Teresa Brito.
Fonte: Carta Piauí/Com informações adicionais do GP1
0 Comentários