Tenente do Bope é preso por telefonemas a membros de facções

Tenente Josemar Farias foi preso durante a Operação Sicário, deflagrada pela Polícia Civil do Acre. PM-AC afirmou que policial está preso no Batalhão Ambiental, em Rio Branco.

O tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Josemar Farias, foi preso na manhã desta quinta-feira (27) durante a Operação Sicário, da Polícia Civil do Acre. A Polícia Militar (PM) divulgou uma nota, após a ação, informando que Farias se apresentou voluntariamente para o cumprimento do mandado de prisão.

A ação prendeu 18 pessoas, apreendeu armas e livros de contabilidade de facção no Acre. Dos presos, 12 estavam em Rio Branco e seis nas cidades de Acrelândia, Plácido de Castro e Cruzeiro do Sul, interior do Acre.

Ao todo, a operação cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e 23 de prisão contra membros de facções criminosas. Além do tenente, o funcionário de uma empresa privada de vigilância também foi preso.

Na nota, a PM destacou que o policial não era alvo da operação, porém, a polícia interceptou ligações telefônicas entre o tenente e membros de facções. Farias está preso no Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA).
Operação cumpriu mandados em Rio Branco, Plácido de Castro, Acrelândia e Cruzeiro do Sul — Foto: Divulgação/Polícia Civil

“Cabe destacar que os interceptados são informantes reconhecidos do Bope, do MP [Ministério Público do Acre] e Polícia Civil”, afirma a nota.

A PM-AC diz ainda que apoia as investigações e a Justiça, mas ressalta também que apoia “o respeito ao contraditório e a ampla defesa, base do estado democrático de direito”.

“Em virtude do atual momento das investigações, não será emitido nenhum juízo de valor em relação à suposta conduta imputada contra o militar, mas aguarda que a verdade seja esclarecida com a maior brevidade”, conclui a Polícia Militar na nota.


Operação

A Polícia Civil informou que o foco da operação é o combate de facções criminosas para coibir crimes praticados pelo grupo como o tráfico de drogas, execuções e até crimes contra a própria administração pública como corrupção.

As investigações levaram cerca de sete meses e contaram com o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Acre (MP-AC).

"O nível de organização em que se está chegando, como já foi dito, tanto na parte de computação de servidor público quanto da parte de contabilidade em si, é muito grande. Esse controle também era usado para o financiamento de ações maiores como roubos a bancos e caixas eletrônicos", explicou o delegado Alcino Júnior, da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Decco) e do Departamento de Investigação (DI).

Fonte: G1

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