A merenda abasteceria as cozinhas das 63 escolas da rede municipal de ensino. Já os medicamentos,
estão fazendo falta nas farmácias dos postos (Fotos: Marcelino Júnior )
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A atual gestão ainda está concluindo o levantamento a ser encaminhado do Ministério Público
Tianguá: Todos os alimentos estão estocados no depósito que acomoda a merenda escolar deste Município da Serra da Ibiapaba, região Norte do Estado. Produtos como leite, arroz, feijão, macarrão, biscoitos, de diversas marcas e sabores, além de temperos, conservas e carnes, destinados às cozinhas das 63 escolas da rede municipal de ensino, estavam com o prazo de validade vencido, no mês de junho, ou a vencer, agora no fim de julho.
O problema chamou a atenção da responsável pelo setor, Jaqueline Portela Fontenele, assim que a mesma assumiu a função, no dia 12 de junho deste ano, com a nova gestão, após as eleições suplementares que elegeram novo prefeito, no dia 3, daquele mês.
Segundo Acássia Cunha Alves, controladora Geral do Município, a Secretaria de Educação, juntamente com a Controladoria, oficiou todos os fornecedores, que entregaram a merenda em dezembro de 2017, para que haja a troca desses produtos.
Grande parte da merenda foi encontrada nas escolas, após minuciosa vistoria. "Então, repassamos o problema para a Controladoria do Município, que determinou que retirássemos
Providências
"Ainda não temos a dimensão do prejuízo ao erário, mas aproveitamos o período de férias escolares para entramos com outra merenda, por meio de ordens de compra já emitidas. O depósito já está sendo reabastecido para a retomada das aulas", afirma a controladora, que acionou o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE). "Uma equipe do MPCE já verificou a situação, in loco, e estamos preparando um relatório a ser encaminhado à Promotoria de Justiça, com as medidas a serem tomadas".
Juntamente com o relatório a ser entregue ao Ministério Público, outro documento denuncia o mesmo problema à Justiça, desta vez, no setor da saúde. O estoque de medicamentos está completamente comprometido. Grande parte dos remédios está fora do prazo de validade. Dipirona injetável, sulfato ferroso, medicamentos para pressão e diabetes, leite para recém-nascidos, além de anticoncepcionais, fazem parte da lista levantada pela Gestão Municipal. A maioria venceu entre 2017 e o início deste ano. "Enquanto as prateleiras estão cheias de medicamentos fora da validade, as farmácias dos postos estavam vazias. Recebemos muitas reclamações sobre isso, até porque é medicação gratuita e bastante procurada, que não pode faltar nos PSFs", informa o coordenador do estoque, Iago Nunes. "Estamos montando a planilha de gastos para contabilizarmos o desperdício. Parte do estoque foi renovada, para minimizar o impacto, em um primeiro momento", reforça.
Comprometimento
A Secretaria de Saúde Municipal montou uma equipe para levantar toda a situação. O relatório final, a ser apresentado ao MPCE, ainda está em andamento, segundo a secretária Alana Karen Serra. "Por enquanto, a medicação segue estocada, mas será incinerada, no momento propício. Por conta disso, estamos com grande falta de remédios variados nos postos. Mas nossos problemas vão além. É algo que compromete toda a rede, pois encontramos uma Secretaria sem nenhuma licitação em relação a material médico hospitalar. Por meio da Programação Pactuada e Integrada (PPI), com o Estado, temos conseguido renovar o estoque. E a Controladoria Municipal já detém a cotação para aquisição de novos medicamentos por meio de licitação", finaliza.
Procurado pela equipe de reportagem do Diário do Nordeste, o ex-prefeito Luiz Menezes, não respondeu às ligações até a publicação da matéria.
Por Marcelino Júnior / Diário do Nordeste
1 Comentários
tabalhei no posto sede de tiangua,carreguei um caminhao de remedio e fui exonerar no lixao queimar todos remedios vencidos,em fortaleza uma mulher de alta chegouo pra mim falou mande sua prefeita buscar os remedios comprados aqui pois vai se vencer antes de chegar em tiangua..
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