Vila Isabel leva a trajetória da humanidade à Sapucaí

A rainha de bateria da Vila Isabel, Sabrina Sato
                                     Sabrina Sato Foto

A rainha de bateria da Vila Isabel, Sabrina Sato A rainha de bateria da Vila Isabel, Sabrina Sato Foto: Agência O Globo A comissão de frente da Vila Isabel, terceira escola e desfilar neste domingo, tem 14 integrantes vestidos de Leonardo Da Vincii. Eles usam uma tecnologia vinda da Bélgica que reproduz na Avenida os pensamentos do inventor. O coreógrafo Alex Neoral chegou à escola para ensaiar a comissão há cerca de 20 dias. Ele conta que a ideia e o elemento utilizados eram o mesmo de antes. Mas teve de começar praticamente do zero o trabalho coreográfico. — Foram cinco horas de ensaios diários. Vinte dias que pareceram três meses de tão intensos — disse ele. O abre-alas da Vila Isabel tem 5 quilômetros de LED azul cobrindo as coras pretas. Martinho da Vila vem à frente da coroa maior, que simula efeito de fogo com vento e fitas douradas. Segundo o carnavalesco Paulo Menezes, que faz dupla com Paulo Barros, o desfile tem algumas tecnologias caras e outras baratas. O chapéu da bateria tem, no total, 14 mil lâmpadas piscantes de LED. Paulo Menezes conta que eram anéis, daqueles piscantes usados em festas e casamentos. Eles tiraram os anéis e deixaram só as luzes. — Fizemos um cata cata pelas lojas do Rio para conseguirmos tantos anéis. São 280 integrantes na bateria, com 50 dessas luzes cada um deles — conta Paulo Menezes. Paulo Barros disse que está tranquilo, mas não muito. Em comparação com os outros anos dele na concentração, o carnavalesca aparenta estar mais relaxado. — Para mim, esse carnaval não teve dificuldade. É gerência, gestão — afirmou. Apesar do ar menos preocupado do que em anos anteriores, a função de comando da armação da escola não se perdeu. — Sou leão de chácara. Fico na curva garantindo que as alegorias entrem como devem. E fica mesmo. Para a comissão de frente pisar na Avenida, Paulo precisou dispersar um grupo numeroso de diretores de harmonia que dividia espaço com os dançarinos. Depois, correu para a curva da Presidente Vargas ao ouvir o Setor 1 vibrar com a bateria. Aos 78 anos, Marcos Secretário entrou na avenida na ala dedicada à Velha Guarda. Ele, que desfila desde 1970, nunca deixou de desfilar pela azul e branco num só ano. Para ele, essa é a hora de recuperar as posições perdidas no carnaval do ano passado. — Um desfile nunca é igual ao outro. Sempre bate um frio na barriga quando se ouve o público aplaudindo. É muito bom quando se tem um enredo e um samba que nós permita evoluir na avenida. Esse ano, a Vila não quer apenas voltar, queremos ser campeões.

Fonte: EXTRA

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