Suspeito é membro de facção responsável pela chacina de Cajazeiras, a maior do Ceará, mas não há confirmação de que ele participou da matança. A polícia prendeu em Fortaleza nesta terça-feira (27) Emanoel Marques Palhano, apontado com líder da facção GDE no Bairro Jangurussu, na periferia da capital cearense, e autor de pelo menos 15 homicídios. Ainda conforme a Polícia Militar, Marques Palhano, de 27 anos, é membro da facção autora da maior chacina do Ceará, quando um bando armado invadiu o clube Forró do Gago e atirou contra várias pessoas, matando 14. Não há confirmação se Palhano participou da matança.
Palhano foi preso em 14 de junho de 2017 por tráfico e solto em 27 de julho, com a condição de usar a tornozeleira eletrônica. Solto, ele continuou praticando crimes e voltou a ser procurado pela Polícia Civil.
Ele era considerado foragido da Justiça desde 28 de dezembro de 2017. Além dos homicídios, Palhano é suspeito de tráfico de drogas, associação para o tráfico, crime ambiental e porte ilegal de armas.
Tornozeleira eletrônica
O suspeito já havia sido detido e usava tornozeleira de monitoramento eletrônico, o que facilitou a localização. Após determinação de mandado de prisão da Justiça contra Palhano, obtido por policiais depois de “apuração de fatos que ligaram de forma incontestável a autoria de diversos crimes”, os policiais realizaram a ação nesta terça que prendeu o chefe de organização criminosa.
Mesmo com a tornozeleira, Emanoel tentou fugir quando percebeu a aproximação policial. Ele foi procurado e tentou se esconder em várias residências. Ele foi preso após quase três horas de busca.
“Nos dividimos em duas equipes e ficamos cercando as ruas. Ele passava de uma casa para outra, pulava muro. E ainda existe, dentro dessas comunidades, a lei do silêncio. Todos têm medo, até pelo histórico de crimes que ele cometeu. Crimes bárbaros, com requintes de crueldade”, comentou o inspetor Jorge Fontenelle, um dos responsáveis pela prisão.
Expulsão de moradores
Segundo a polícia, Emanoel Marques Palhano também é apontado como o autor das ordens de expulsão de moradores em bairros da periferia de Fortaleza.
No muro das casas, havia mensagens como “Tem que sair. Fora das travessas si não vai morrer” e “Tem que sair fora vcs pq si não nois vai toca fogo em tudo”.
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