SEM ADVOGADO, JUSTIÇA QUER DEFENSOR NA DEFESA DO RÉU DO CASO RAKELLY

Rakelly (Foto: Arquivo Pessoal) 

Como no município de Itaitinga não tem defensor público e nenhum advogado da região aceitou fazer a defesa de José Leonardo de Vasconcelos Graciano, acusado de estuprar e matar a menina Rakelly Matias Alves, de oito anos, o juiz Edísio Meira Tejo Neto, que responde ela Vara Única da Comarca de Itaitinga, determinou nesta quinta-feira (27) que a Defensoria Publica do Cearádesigne, no prazo de três dias, um defensor público para atuar na defesa do réu.
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José Leonardo de Vasconcelos Graciano – que foi autuado pelos crimes de homicídio (qualificado pela torpeza, crueldade e impossibilidade de defesa da ofendida), ocultação de cadáver e estupro de vulnerável –  foi citado pela Justiça mas não apresentou defesa porque não tinha quem o representasse.
O juiz então determinou a nomeação de advogado dativo para atuar no caso, mas o advogado “requereu dispensa do munus [obrigação] alegando relações profissionais anteriores com a família da vítima”. Por conta disso, a Defensoria Pública foi acionada, levando-se em consideração os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa que impedem a continuidade do processo sem defesa para o acusado.
Perícia
A reconstituição da morte da menina Rakelly Matias Alves, 8 anos, realizada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (26), apontou que o caseiro acusado do crime pode ter agido sem nenhuma ajuda. O laudo que pode descartar por completo a participação de uma segunda pessoa no assassinato deve ficar pronto em até 30 dias.

A simulação do homicídio começou às 12h30 no sítio onde a vítima foi assassinada. O caseiro José Leonardo Vasconcelos, 33 anos, chegou ao local escoltado pela polícia para detalhar como foi cometido o crime. Em um dos momentos, ele mostrou aos policiais como fez para jogar o corpo da criança em uma cacimba do sítio, onde ela foi encontrada morta.
Uma inspetora da Polícia Civil fez o passo a passo que a menina Rakelly Matias teria percorrido dentro do sítio no dia do crime. Uma boneca com as mesmas características físicas, peso e tamanho da vítima foi usada para simular as cenas de abuso sexual cometidas pelo acusado.
O caso
A menina Rakelly Matias Alves desapareceu no último dia 21 de setembro, após sair de sua casa para brincar no sítio em que o caseiro José Leonardo trabalhava. Depois de três dias o corpo dela foi encontrado dentro de uma cacimba que ficava no terreno.
No dia 24 de setembro, o caseiro foi preso em flagrante, acusado de estuprar e matar Rakelly. Em depoimento ele assumiu o crime. No dia 27 de setembro, o magistrado decretou a prisão preventiva de José Leonardo. Em depoimento ele confessou o delito. Em seguida, o MInistério Público pediu a conversão do flagrante em prisão preventiva, o que foi aceito pela Justiça.
PORTAL BOCA QUENTE FONTE: G1-CE

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