AGÊNCIA AUTORIZA AUMENTO DE TARIFA DE QUEM NÃO ECONOMIZAR ÁGUA NO CERÁ

Aumento da conta de água é válida em 17 cidades da RMF (Foto: Cagece/Reprodução)

Aumento da conta de água é válida em 17 cidades da RMF (Foto: Cagece/Reprodução)
A partir de 17 de setembro, os consumidores de Fortaleza passarão a pagar um valor maior no consumo de água. Nesta quinta-feira (18), a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) recebeu  autorização da Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle de Serviços Públicos de Saneamento Ambiental para aplicar, nova meta de redução de consumo, que passará dos atuais 10% para 20%.
Pela nova regra, a meta continua sendo calculada a partir do consumo médio do período de outubro de 2014 a setembro de 2015, porém, reduzido de 20%. Ou seja, os clientes poderão consumir até 80% da média dos doze meses considerados. Criada em dezembro de 2015, a tarifa de contingência é aplicada aos clientes da Cagece que não reduzirem o consumo de água, conforme meta definida. O mecanismo estipula aplicação de percentual de 120% sobre as tarifas de clientes que ultrapassem a meta estabelecida.
Estão isentos desse aumento clientes que têm média de consumo mensal menor ou igual a 10 metros cúbicos, além de hospitais, prontos-socorros, casas de saúde, delegacias, presídios, casas de detenção, bem como as unidades de internato e de semi-internato de adolescentes em conflito com a lei.
Para os outros 17 municípios da Região Metropolitana – Aquiraz, Cascavel, Caucaia, Chorozinho, Eusébio, Guaiúba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Pacajús, Pacatuba, Paracuru, Paraipaba, São Gonçalo do Amarante, São Luís do Curu e Trairi – a Cagece aguarda a aprovação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados no Estado do Ceará (Arce) para revisar a tarifa.
Cidade ao lado de açude que abastece Fortaleza sofre com falta d'água (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)Cidade ao lado de açude que abastece Fortaleza sofre com falta d’água (Foto: Reprodução/TV Verdes Mares)

Plano de Segurança
A revisão na meta de consumo para cobrança da Tarifa de Contingência faz parte das ações apresentadas no Plano de Segurança Hídrica da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que tem por objetivo reduzir em 20% o consumo de água do sistema integrado de abastecimento até a próxima quadra chuvosa e evitar o racionamento.
A medida visa preservar os mananciais em virtude da escassez hídrica, uma vez que os açudes que abastecem Fortaleza e região metropolitana estão com reserva menor do que 8% de sua capacidade total. O plano tem o objetivo de reduzir em 20%  o consumo de água tratada em decorrência da crise hídrica por que passa o Ceará.
“Nós estamos pensando em deixar uma pressão menor na rede, com uma vazão menor em determinada região e uma maior em outra. A região com vazão maior vai ter 100% e na outra vamos ter água na rede, mas não com pressão tão alta. Com isso, vamos atender todas as condicionantes da regulação onde a água vai conseguir chegar na caixa d’água de cada cliente”, explica o presidente da Cagece, Neuri Freitas.
De acordo com o secretário de Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, o objetivo é reduzir a demanda e a oferta de água na Grande Fortaleza em 20%.”A nossa intenção é implementar esse plano para economizar água e entrarmos em março [de 2017] ainda com alguma água, para que se as chuvas retardarem nós termos alguma água ainga armazenada. A ideia é chegar com o açude Castanhão e com o açude Orós com, pelo menos 400 minhões de m³, somando os dois”, diz
FONTE: G1-CE

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