Caso aconteceu em Curitiba em fevereiro, mas punição só saiu neste mês. Pela transgressão, a soldado Lilian Villas Boas pode ficar oito dias detida.
O comando do 7º Grupamento do Corpo de Bombeiros do Paraná determinou que a soldado Lilian Villas Boas, de 32 anos, seja presa por oito dias. O motivo é porque ela participou de um ensaio fotográfico em fevereiro deste ano, para um projeto do fotógrafo Arnaldo Belotto. Nas fotos sensuais, ela aparecia com parte dos seios à mostra.
Delegada do Rio de Janeiro foi quem denunciou o caso, diz fotógrafo (Foto: Reprodução/Facebook) |
Segundo Belotto, as fotos ficaram no site do projeto por menos de 24 horas. "Uma delegada civil do Rio de Janeiro acabou printando as fotos e enviando ao comandante aqui em Curitiba", conta. Desde então, Lilian começou a receber pressão dos comandantes para que as imagens fossem retiradas do ar.
Ensaio tinha como objetivo mostrar o empoderamento feminino, de acordo com o fotógrafo (Foto: Reprodução/Facebook) |
A bombeira participou do ensaio porque algumas amigas dela também já tinham feito fotografias para o projeto de Belotto, que de acordo com ele, tem o objetivo de exaltar o empoderamento feminino e a beleza das mulheres, sem o uso de técnicas de manipulação de imagem. Mas a pressão sofrida por Lilian continuou, mesmo após a retirada das fotos do site. "Já fui prestar duas vezes depoimento no quartel", diz o fotógrafo.
Lilian ainda teve que responder pelo processo disciplinar. Segundo a nota de punição publicada em um boletim interno do 7º Grupamento, a punição foi por ela ter exposto "a intimidade e privacidade de seu corpo". A falta foi considerada média pelos superiores, culminando na pena dos oito dias de prisão. O documento é assinado pela tenente Giselle Machado, que é comandante do grupamento.
Boletim interno circulou pelo 7ª Grupamento dos Bombeiros de Curitiba (Foto: Reprodução) |
O G1 tentou contato com Lilian, mas ela preferiu não se manifestar a respeito. Disse apenas que recorreu da sentença e que a pena ainda não foi cumprida.
A Polícia Militar do Paraná, responsável pelo Corpo de Bombeiros, também foi procurada para comentar o caso, mas até a última atualização desta reportagem a corporação não havia se manifestado.
Fonte: G1
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