O policial que divulgou informações sobre o pé mutilado encontrado na praia de Copacabana teria sido punido pelos seus superiores, na tarde desta quarta-feira. Segundo uma denúncia feita ao Extra, foi sido identificado e preso administrativamente depois que a notícia circulou no WhatsApp e foi veiculada na imprensa. A PM, porém, alega que o agente foi chamado apenas para prestar esclarecimentos, não confirmando a punição.
Lotado no Batalhão de Policiamento Em Áreas Turísticas (BPtur), o policial teria enviado um áudio e as imagens logo após ter sido avisado sobre a ocorrência. O material foi amplamente compartilhado por meio do WhatsApp.
"As coisas no Rio estão ficando cada vez piores. Eu estou de serviço aqui na sala de operações do BPTur. Acabaram de achar um corpo esquartejado na praia de Copacabana, atrás da arena de vôlei que estão montando. Parceiro, agora que vão cair em cima desse governo mesmo. Não poderia ter acontecido coisa melhor. Divulguem aí", diz o homem, na gravação.
Em nota, a Polícia Militar não confirmou se o agente foi preso administrativamente. A corporação informou que será feita uma averiguação para definir se o policial será punido. O nome do agente não foi divulgado.
Leia a nota enviada pela PM na íntegra:
“Um policial militar lotado no Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur) foi chamado para prestar esclarecimento sobre possível conduta incompatível com o serviço policial militar. Apenas após averiguação, será possível definir se cabe punição pelo regulamento disciplinar”, diz o texto.
Pode ter vindo de qualquer lugar’, diz comandante sobre corpo encontrado em Copacabana
Tarde de sol, praia de Copacabana cheia e um pé mutilado à beira do mar. A notícia do corpo encontrado por um ambulante em dos cartões postais mais famoso do Rio, nesta quarta-feira, causou surpresa até para o comandante do 19º BPM (Copacabana), o tenente-coronel Murilo Sérgio de Miranda Angelotti. Ele acredita que o estado de decomposição pode dificultar as investigações.
— Não acharam o corpo do australiano lá em Maricá? Pode ter vindo de qualquer lugar. Mas é muito estranho, porque não é um corpo inteiro esquartejado, mas apenas um pé. Acredito que será difícil de investigar. Pode ser até de um corpo afogado que se decompôs — disse o comandante.
Segundo o 19º BPM, ainda não se sabe se o cadáver é de homem ou de mulher. As investigações devem ficar a cargo da Divisão de Homicídios (DH). Até às 16h desta quarta-feira, a Polícia Civil não informou sobre o andamento das investigações.
Ambulante fez denúncia ao Extra
Um ambulante fez contato com o WhatsApp do EXTRA (21 99644-1263) disse que viu o momento em que os restos mortais eram retirados da água. Segundo ele, logo chegaram equipes da Guarda Municipal e da PM.
- Já havia muita gente em volta do corpo. Tinha gente até achando quer era brincadeira - disse ele.
/extra.globo.com
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