Sentado sobre uma lixeira, um médico da UPA de Cabuçu, em Nova Iguaçu, atende os pacientes. A imagem, divulgada pelo Sindicato dos Médicos, mostra a situação precária de funcionamento das unidades de pronto-atendimento do governo estadual. Na mesma unidade, profissionais e pacientes são obrigados a usar banheiros sujos.
— Faltam insumos, limpeza e até cadeiras na UPA de Cabuçu. Não é mais possível aceitar essas condições de trabalho. Vamos entrar com uma denúncia no Ministério Público nesta sexta-feira — disse o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze.
A Secretaria estadual de Saúde (SES) não respondeu sobre as condições da UPA, mas afirmou que vai identificar o profissional que aparece na imagem “para determinar sua demissão e encaminhar denúncia ao Cremerj, além de cobrar esclarecimentos da administração da unidade, uma vez que a mesma dispõe de cadeiras — em caso de necessidade, a unidade poderia ter solicitado à SES a reposição”.
Quanto aos repasses para a organização social IDR, responsável pela UPA, a SES informou que a OS recebeu repasse parcial neste mês, assim como vem acontecendo com todas as OSs, em função da crise financeira do Estado do Rio.
A Secretaria de Saúde reconheceu a existência de débitos anteriores e afirmou que vem solicitando às OSs que priorizem o pagamento de seus funcionários e a manutenção dos serviços. “Cabe lembrar que a SES não vem recebendo a totalidade dos recursos previstos em seu orçamento, tendo em vista a grave crise financeira do estado. É importante reforçar que todos os recursos disponíveis para a pasta estão sendo destinados, como prioridade, para a manutenção do funcionamento das unidades de saúde”, informou a nota.
Quanto às UPAs da Zona Oeste, como a de Realengo, mostradas nesta terça-feira pelo EXTRA, funcionários informaram que a limpeza e a alimentação foram restabelecidas.
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