Diante do atual quadro de insegurança, os universitários de Sobral e região Norte através da Comissão de Segurança Estudantil, propuseram uma manifestação a favor da paz e contra a violência. O ato acontece nesta quinta-feira (2), a partir das 18 horas, no Arco do Triunfo, em Sobral. Vale ressaltar que a manifestação é apartidária. Toda a sociedade sobralense está convidada a comparecer vestida de branco neste ato.
Carta aberta dos estudantes universitários à sociedade
“Os caminhos que nos levam a realização de nossos sonhos nem sempre são curtos e diretos. Enfrentamos ladeiras e estradas sinuosas. Ultrapassamos grandes distâncias, suportamos o solavanco que a jornada nos impõe e fazemos diariamente. Tudo para que, ao final, possamos alcançar uma vida melhor. Mas outro desafio nos foi imposto e este parece querer aproveitar-se de nossa fragilidade e impor uma parada antes do fim.
Os estudantes que buscam as universidades sediadas em Sobral, advindos das mais variadas e distantes cidades, para além de toda a dificuldade que já superam bravamente, agora veem-se diante de um problema que assola todo o estado do Ceará. A falta de segurança pública.
Recentemente, um dos ônibus que fazia o transporte dos estudantes da cidade de Tianguá, foi alvejado por tiros. O motorista foi atingido, porém mesmo ferido, conseguiu guiar o veículo com segurança até a Santa Casa de Sobral. Nenhum universitário ficou ferido e o motorista está vivo. Uma verdadeira dádiva divina.
Mas, até quando continuaremos a contar apenas com a segurança celestial e a sorte? Será que os estudantes terão que somar a todos os desafios que são superados, dia após dia, este mais? Vencer o medo de ter a vida usurpada por aqueles que se aproveitam das fragilidades daqueles que buscam chances melhores de vida digna?
É diante deste cenário e por acreditar que juntos temos força, que convocamos estudantes e sociedade civil para que, unidos, possamos pensar estratégias para o problema que se apresenta. Nossas vozes necessitam serem ouvidas. Nossos sonhos não podem ser subtraídos pela negligência alheia. Nosso futuro precisa se tornar presente.”
Com Informações de Thais Menezes
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