Ex-vereadora Jaquileide de Sousa e Silva, de 41 anos, prestou queixa à delegada da Mulher, Wilma Alves, denunciando seu irmão, o vice-prefeito de Miguel Leão (a 90 km de Teresina) Jailson de Sousa, por espancamento e crime de racismo.
Segundo Jaquileide, ela foi agredida pelo vice-prefeito às 16h de segunda-feira, quando estava na residência de sua mãe, Maria José de Sousa, no centro do município. Ela declarou que foi à casa de sua mãe e Jailson de Sousa estava na residência e a agrediu, por rixa política. Segundo a vítima, às 15h, ela entrou na residência da mãe e Jailson teria lhe jogado uma piada e ela teria revidado, provocando o espancamento. 8819: “Ele me chamou de negra vagabunda, aí eu disse 'é tu moleque', aí passei a ser espancada, no rosto, na mão esquerda. Ele me chutou, eu cai no chão. Tudo isso porque ele não aceita que eu tenha saído do grupo político ao qual ele pertence. Ele era do PT agora ele está no PSD”, declarou Jaquileide.
Ela falou que está com o dedo lesionado, ficou toda machucada dos murros e chutes que recebeu, ficou com o lado esquerdo da face machucado, chegando a fechar o olho. Ela fez os exames de corpo de delito, no Instituto de Medicina Legal, comprovando as agressões.
Ela falou que Jailson de Sousa já tinha ameaçado e ela chegou a prestar queixa na delegacia de Monsenhor Gil e foi feito acordo de não agressão e Boletim de Ocorrência.
“Eu quero justiça, porque no passado já aconteceu isso e agora voltou a ocorrer e pior. Além disso, fui vítima de preconceito racial, ele é meu irmão, mas tem a pele mais clara. Eu estou sentindo dores, porque ele me deu muitos chutes, me bateu com as mãos, com os pés, quando eu cai, começou a me chutar, eu coloquei a mão e fiquei lesionada na mão. Quando minha mãe chegou na casa, ele já estava me espancando e ela foi pedir ajuda aos vizinhos, mas se chegou alguém, eu não vi, porque estava cega, com o olho sangrando”, declarou Jaquileide. A delegada Wilma Alves disse que vai intimar Jailson de Sousa e, dependendo da apuração, vai indiciá-lo na Lei Maria da Penha por violência doméstica, já que a vitima é sua irmã. Ele poderá ser punido com reclusão de três meses a três anos.
“A gente não pode aceitar isso, porque a mulher teve a sua residência violada, o que agrava mais ainda o crime. Como é agressão que trata de mulher, a situação piora. Eu não admito que pai, seja marido, seja irmão, noivo, ficante, avô, vizinho faça uma coisa dessas. É um absurdo. Vamos tomar as providências que o caso requer. É mais um fato que deixa todos nós estarrecidos, porque um irmão adentra na casa de sua mãe e agride a irmã. Uma das maiores violências é se violar a residência de outra pessoa e praticar violência física de tamanha monta. É um irmão que é político, ela também é politica e a maneira de demonstrar ira foi bater e machucar o corpo da mulher. Como é que pode uma coisa dessas? Vamos tomar as providências de acordo com a Lei Maria da Penha. Porque a Lei Maria da Penha? Porque é irmão dela. O estado tem que tomar de conta e nós estamos aqui para isso”, falou Wilma Alves. fonte: plantão cidade noticias
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