8 dos transtornos mais comuns apresentados por quem está passando dos limites no uso diário da internet .
1. Nomofobia
Basicamente, é aquela terrível sensação que algumas pessoas possuem de ficarem sem celular ou longe dele. Em sentido amplo, pode ser descrito como o medo de ficar desconectado por qualquer motivo. Sabe aquela aflição que se tem quando a bateria do celular está acabando e não é possível carregá-la imediatamente? Esse é o primeiro sinal de que algo pode estar errado.
Você pode até achar isso engraçado agora, mas o problema já até foi tema do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders e conta com programas de recuperação para os afetados.
2 – Síndrome do toque fantasma
Aquela sensação de sentir o celular vibrando no bolso da calça ou na mochila, sem que haja nenhuma chamada. Isso parece ser algo que está se tornando cada vez mais comum entre as pessoas. Eu mesmo às vezes me pego enfiando a mão no bolso desesperadamente, achando que é alguém me ligando e não é ninguém.
Segundo afirma o doutor Larry Rosen em seu livro iDisorder, este fenômeno ocorre com cerca de 70% dos heavy users, ou seja, os usuários mais intensos – em suma, boa parte de nós! Segundo ele, esta sensação pode estar ligada a uma ansiedade ou mesmo ao prazer em atender a chamada do celular. O mais leve formigamento já pode fazer com que o cérebro interprete como o vibrar do celular.
Ainda de acordo com a pesquisa , esse problema poderá evoluir para outras áreas do corpo à medida que utilizamos mais dispositivos vestíveis: usuários do Google Glass, por exemplo, poderão passar a enxergar coisas que não estão realmente ali.
3 – Náusea digital
Zoom no iOS 7
Reprodução/Gizmodo
É a sensação que algumas pessoas possuem ao interagirem com ambientes digitais, causando desorientação ou vertigem. Em um caso super recente de manifestação dessa síndrome, temos o lançamento do novo sistema operacional da Apple para iPhones e iPads, o iOS 7, que conta com elementos de aproximação e afastamento dos objetos na tela (zoom in e zoom out).
As reclamações de pessoas que sentiam nauseadas com aqueles efeitos foram tão significantes que obrigou a empresa a lançar uma atualização com a opção de desligar o efeito. Com o já aguardado lançamento do Oculus Rift, um dispositivo de realidade virtual que pretende revolucionar o mercado, a coisa pode ficar ainda mais séria para quem já sofre com o problema.
4 – Transtorno de dependência da internet
Essa é fácil saber do que se trata: ocorre quando se possui uma vontade compulsiva em acessar a internet, mesmo que não se saiba exatamente o que fazer lá. Em outras palavras, é o uso irracional da internet e que pode estar ligado a outros problemas como a depressão, TOC, Transtorno de déficit de atenção, ansiedade social, baixa autoestima, etc.
Não é difícil entender que algumas pessoas simplesmente não são felizes com a vida que possuem ou que não se sintam bem na sociedade, acabando por ver na internet uma válvula de escape extremamente efetiva.
5 – Depressão de Facebook
Falando em depressão, a depressão de Facebook ocorre em função das interações sociais dentro da rede ou a falta dessas relações.
Eu tenho certeza que você que é usuário do Facebook já passou por essa situação: abrir a sua timeline e se deparar com uma penca de atualizações dos seus amigos com fotos de festas, de viagens, na casa nova, com o carro novo, com o(a) namorado(a), curtindo com os outros amigos… E logo em seguida bater aquela sensação de vazio, de que você não está aproveitando a vida como deveria e blá blá blá.
Apenas tenha em mente uma simples e racional constatação: 99,9% das pessoas só vai postar coisas boas em suas timelines, o que não significa de forma alguma que essas pessoas tenham vidas fantásticas!
Em suma, não acredite em tudo o que vê no Facebook – ou na internet como um todo.
6 – Vício em jogos online
Em poucas palavras, é a compulsão por jogos online. É bom deixar claro que o vício ocorre quando há uma necessidade irracional de se participar de sessões intermináveis desses jogos.
Na Coréia do Norte, por exemplo, já há inclusive uma lei própria para o assunto apelidada de “lei cinderela”, pois corta o fornecimento de internet para todos os jovens menores de 16 anos no período entre a meia-noite e seis horas da manhã.
A situação dos jogadores compulsivos é tão grave que a Associação Psiquiátrica Americana já inclui a dependência no índice III, significando que a dependência dos viciados em jogos online éequipara a outros vícios não ligados ao consumo de substâncias químicas, como ocorre com os viciados em jogos de azar.
7 – Hipocondria digital
O hipocondríaco é aquela pessoa com mania de doença, que pensa sempre estar doente. Ohipocondríaco digital é basicamente a mesma coisa, com um único ponto de diferença: a pessoa que possui esse mal pensa que está com a doença sobre a qual leu na internet.
É bastante comum que nos dias atuais o Google se torne nosso primeiro médico, no sentido de que muitas pessoas recorram ao buscador e nele insiram todos os sintomas sentidos, deparando-se com resultados de uma doença que, na grande maioria dos casos, não corresponde ao que a pessoa realmente possui.
Explico melhor. Uma pessoa que sofre com dores de cabeça pode buscar por doenças que possuam esse sintoma e depara-se com a informação de que isso pode ser um câncer de cérebro, provocando o aumento da ansiedade e tensão já normais à hipocondria. Ou seja, a pessoa passa a sofrer daquilo que, muito provavelmente, não tem!
E nem preciso dizer que é muito melhor – e recomendável – recorrer a um profissional da área, e não à internet.
8 – O efeito Google
É a tendência que afeta o cérebro humano em reter menos informações, pois ele sabe que as respostas estão ao alcance de alguns cliques.
Essa é outra condição que está se popularizando rapidamente entre as pessoas que utilizam a internet ou dispositivos móveis para tudo. Eu mesmo já não consigo dizer os números dos celulares dos meus amigos mais próximos, porque isso já se transformou numa “memória inútil”, pois basta que eu pegue meu smartphone e lá estarão eles.
O mesmo ocorre com endereços e outras informações mais complicadas como datas históricas, informações geográficas, gramática e ortorafia, e por aí vai. E é por isso que há quem ache que a internet e os dispositivos eletrônicos estão nos deixando estúpidos.
Mas não é preciso alarde. O Google não é uma coisa necessariamente ruim, como explica o doutor Rosen, pois esse acesso rápido e fácil à informação pode indicar uma população mais informada e esperta. O importante – e que isso fique bem claro – é que tenhamos consciência de que é sim importante reter algumas informações sem ajuda da tecnologia e isso precisa ser dito, principalmente, às nossas crianças e estudantes.
Via IDGNow
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