Embora não antecipe um possível alinhamento com o PMDB, o senador considera que, se o vice-presidente Michel Temer chegar ao comando do País, não terá condições de conduzi-lo sozinho. Leia abaixo trechos da entrevista publicada na edição deste domingo (13) do Estado de S. Paulo.
Era esperado esse quadro de deterioração político e econômico?
Na economia era previsível que se chegasse a uma situação difícil. A partir do primeiro governo Dilma os sinais de erro da economia vieram aparecendo com muita nitidez. Mas ninguém imaginava, desde o mais ferrenho oposicionista, o mais profundo economista, que se chegasse ao ponto que chegamos. Os erros que se via em 2011 foram se sucedendo de maneira incrível.
Neste momento, todo mundo esperava que haveria um espécie de mea-culpa e tentativa de se concertar aquilo que estava errado.
Mas também vieram dois fatos inesperados: a Lava Jato e o desconcerto político, administrativo, governamental, que ninguém esperava que chegasse ao ponto que chegou hoje. Desde a eleição, da posse, a cada semana as coisas só pioram. Não dá mais para chamar isso de governo, acabou o governo.
Dilma conseguirá chegar ao fim do mandato?
Com toda sinceridade, no início do ano, se eu fosse perguntado, diria que o ideal era que ela fosse até o fim. Mas hoje não estou vendo possibilidade de o País suportar três anos com esse nível de desgoverno. Estamos alcançando uma situação inédita no País. Você vê ministro da mesma área em disputa. Você vê ministro defendendo ardorosamente dentro do Congresso posições completamente opostas como se cada um, em si, fosse um governo à parte.
Nós estamos entrando no caos administrativo e isso vai levar, do jeito que estamos,ao caos econômico.
Fonte: Cearanews7
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