Fortaleza tem maior chuva do ano



A falta de escoamento resultou em demandas para a Defesa Civil da Capital, que registrou cinco ocorrências A chuva de ontem, apesar de considerada de médio porte, causou transtornos em vários locais da cidade, como congestionamentos e alagamentos ( A maior chuva registrada em Fortaleza em 2018, acumulando 57,6 mm entre as 7h da última quarta-feira (17) às 7h de ontem (18), de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), foi o suficiente para causar alguns transtornos para quem precisou se deslocar no começo da manhã na Capital. 



Apesar do registro pluviométrico em 28 municípios, o cenário em nada contribuiu para uma melhoraria da reserva hídrica do Estado, principalmente na Bacia Metropolitana, que concentra atuais 15,17% de seu volume total, segundo balanço da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh). Entre seus reservatórios, apenas o Cocó teve aporte com as recentes chuvas, mas de apenas 69.015 metros cúbicos (m³), o que não representa nada em acréscimo considerando a estimativa de volume evaporado e volume liberado neste período. Uma influência direta no aporte dos quatro principais açudes da Bacia: Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião, segundo explica o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, acontece geralmente quando chove em Maranguape ou no Maciço de Baturité. Segundo aponta, a reserva concentrada atualmente nos quatro reservatórios é suficiente para manter o pleno atendimento à população até agosto deste ano. "Se não tivermos recarga no Sistema Metropolitano é que podemos começar a ter problemas a partir de agosto. Isso não quer dizer que não vai ter água, mas não teríamos condição de atender plenamente", diz. Farias ressalta, contudo, que os quatro açudes estão integrados ao Canal do Trabalhador e ao Eixão das Águas, estruturas por onde a água de outros reservatórios pode ser transferida, como o Castanhão, Orós e Banabuiú. "Se houver recarga nesses açudes, a água pode ser transferida", afirma. Juntos, os 155 açudes cearenses monitorados pela Cogerh concentram apenas 6,8% da capacidade total do Estado. O aporte total registrado em 2018, até o momento, foi de 3,65 milhões de m³. Com as últimas precipitações na Capital, a necessidade de escoamento resultou em demandas para a Defesa Civil de Fortaleza, que registrou cinco ocorrências em três Secretarias Regionais, entre alagamento, risco de desabamento e inundação. Trânsito Já o trânsito foi prejudicado pela falha nos semáforos. De acordo com a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania de Fortaleza (AMC), 17 equipamentos apresentaram problema por oscilações de energia, na manhã de ontem. O maior número foi na Avenida Domingos Olímpio, com seis semáforos sem funcionar distribuídos em toda a sua extensão. Os equipamentos dos cruzamentos com as ruas Tereza Cristina, Princesa Isabel, Senador Pompeu, Barão do Rio Branco, Barão de Aratanha e Jaime Benévolo estavam apagados. A via, com grande fluxo de veículos, apresentou engarrafamentos durante todo o trecho. Outros 11 apresentaram falha durante a chuva, distribuídos entre os bairros Meireles, Centro, Moura Brasil, Messejana, Mondubim, Antônio Bezerra e Aldeota. Enquanto os reparos nos equipamentos eram realizados, agentes de trânsito operaram os principais cruzamentos para viabilizar o fluxo. A Funceme prevê, para hoje, nebulosidade variável com chuvas em todas as regiões cearenses no decorrer do dia. Já para este sábado (20) está prevista também nebulosidade variável com possibilidade de chuvas na região Jaguaribana, na faixa litorânea e no sul do Estado. As recentes chuvas foram atribuídas à influência de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), sistema meteorológico atuante na época de Pré-Estação. A maior chuva de ontem atingiu o município de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que registrou 90 mm. Colaborou Marina Gomes.



Fonte: DN

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