Preso morre sem atendimento em cela e detentos postam vídeo nas redes sociais; veja o vídeo

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O detento Weverton do Nascimento Souza, de 21 anos de idade, faleceu dentro da cela onde cumpria pena, na na Cadeia Pública Cotrim Neto, em Japeri, na Baixada Fluminense. A morte não teria sido consequência de briga entre facções, rebelião ou tentativa de fuga. O rapaz teria ficado sem atendimento médico adequado e agonizou até não mais suportar.

Os colegas de cela, revoltados com o episódio, resolveram gravar um vídeo mostrando a situação e denunciando que esta já é a terceira morte por omissão de socorro na mesma cadeia. Não é possível saber quem gravou o vídeo, que foi parar nas redes sociais.

As primeiras informações dão conta de que Weverton tinha recebido atendido no último sábado (8), ao ser encaminhado para a Policlínica de Japeri. Na unidade ele recebeu medicamento e foi liberado na sequência. O problema é que no dia seguinte (9), domingo, ele piorou de novo e, desta vez, não teve qualquer atendimento. Os colegas de cela garantem que pediram ajuda muitas vezes, mas a vítima acabou morrendo no local. O episódio foi registrado na 63ª DP (Japeri) e agora a polícia investiga se houve omissão de socorro.

Revoltados com a situação, os companheiros de cela registraram imagens com o corpo dele e compartilharam no Facebook. Um dos presos se dirige à câmera dizendo que eles estão pagando o que devem à sociedade, que não estão fazendo rebelião e só querem seus direitos preservados e sua dignidade assegurada.

“Quase uma semana pedindo atendimento. Aí o que que aconteceu, ó. Perdemos nosso amigo. Maior esculacho”, relata o detento, avisando que não vão deixar ele o corpo sair enquanto uma perícia não comparecer no local para atestar que o rapaz morreu dentro da cadeira, sem qualquer atendimento.

É possível ouvir outros presos gritando ao fundo que o doente “morreu pedindo ajuda”. Antes de terminar a gravação outros detentos gritam “Ajuda nós! (sic)”.

De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Weverton estava preso desde 2015, acusado de ter cometido roubo majorado (assalto com grave ameaça ou violência à vítima).

A pasta afirma que instaurou uma sindicância interna para apurar as causas que fizeram o preso ficar sem socorro. Mas a Secretaria também quer saber como o celular usado para fazer o vídeo entrou na penitenciária. Não foi divulgada ainda a causa da morte do rapaz e nem o que ele estava sentindo quando foi levado para a policlínica. Seu corpo já foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Japeri, exatamente para apurar o motivo do óbito.

Ainda segundo a Seap, os presos envolvidos na filmagem do vídeo estão sendo identificados para que as medidas cabíveis sejam tomadas.

 
Reproduzido por MassapeCeara.Com|Créditos: Portal news365

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