Policial civil morre após prestar depoimento na Controladoria Geral de Disciplina

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O policial civil Flávio Martins Dantas faleceu após prestar depoimento na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD), órgão responsável por investigar crimes dentro da corporação.

O policial passou mal na segunda-feira (10), durante processo interrogatório, foi encaminhado ao hospital, passou por cirurgia e faleceu nesta terça-feira (11).

De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis, o inspetor se sentiu mal ainda na sede da Controladoria, após rompimento da aorta. Ainda segundo nota do Sinpol, Flávio Martins não recebeu o acompanhamento devido do órgão.

“Na CGD se limitaram apenas a determinar que dois funcionários terceirizados encaminhassem o policial ao Prontocárdio, sem dar qualquer amparo ulterior ao servidor ou familiares. Mesmo após a realização de cirurgia, infelizmente, o inspetor não resistiu e faleceu. O Sindicato deixa as mais sinceras condolências à família enlutada e amigos por esta inestimável perda”.

Em um post nas redes sociais, a vice-presidente do Sinpol, Ana Paula Cavalcante, fez um desabafo. Ana Paula reiterou que Flávio e seus familiares não receberam amparo nenhum da CGD e afirmou que a pressão sofrida, no depoimento, foi fator fundamental para a morte do colega.

“Pelo que o próprio Flávio relatou à familiares quando ainda estava consciente, na audiência foi intimidado e coagido ao ponto de se estressar tanto que, simplesmente, desmaiou. Acreditem, um inspetor desmaiou dentro da CGD durante uma oitiva por conta da pressão sofrida”, relatou a vice-presidente.

Em nota, a Controladoria informou que “a testemunha passou mal após a audiência, sendo socorrida imediatamente por uma equipe deste órgão ao Hospital Prontocárdio. Cumpre esclarecer que a equipe da CGD somente deixou o hospital após a chegada de familiares”.

Ainda segundo a CGD, o inspetor foi ouvido, na qualidade de testemunha, acompanhado de seu advogado, nos autos de um processo Administrativo Disciplinar. A audiência ocorreu ainda com a presença de outros dois advogados dos indiciados.

“Transmitimos nossas condolências à família, rogando a Deus que lhe dê conformo, sabedoria e coragem para seguir em frente”, diz um trecho da nota. A Controladoria garantiu que foi determinada abertura de procedimento apuratório dos fatos.

A Controladoria Geral de Disciplina não informou detalhes ao Tribuna do Ceará sobre o processo no qual o policial era ouvido como testemunha.

Reproduzido por MassapeCeara.Com|Créditos: Tribuna do Ceará


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