Adolescentes foram queimados vivos dentro de cela em rebelião na Paraíba

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Cinco dos sete adolescentes assassinados na rebelião em Lagoa Seca (PB) foram queimados ainda vivos dentro de uma cela no Centro Socioeducativo Lar do Garoto, instituição que abriga jovens infratores.

Eles foram trancados dentro de uma cela destinada a presos provisórios e tiveram colchões e outros objetos queimados. Sem ter como sair, os cinco foram atingidos pelo fogo e morreram asfixiados e carbonizados.

As outras duas vítimas foram espancadas com barras de ferro até a morte no pátio da unidade. Uma delas teve o corpo queimado mesmo depois de morto.

As informações foram dadas pelos delegados Ellen Maria e Antônio Lopes, da Central de Polícia de Campina Grande, responsáveis pela apuração do caso, que deram entrevista à imprensa neste domingo (4).

Quatro internos, todos maiores de 18 anos, são suspeitos de terem comandado o motim e os assassinatos.

Três deles foram detidos neste sábado (3) e prestaram depoimento à polícia. O outro conseguiu fugir do Lar do Garoto e está foragido.

Segundo os delegados, os assassinatos foram motivados por rixas internas. Um dos suspeitos de ordenar os assassinatos teria acusado uma das vítimas de participação no roubo da casa de um parente dele.

Segundo a delegada Ellen Maria, os suspeitos tinham planejado primeiro matar os desafetos para em seguida fugir. Contudo, três deles acabaram não conseguindo concretizar a fuga e foram apreendidos pela Polícia Militar.

Os três presos suspeitos comandar o motim foram encaminhados para o Presídio Regional do Serrotão, em Campina Grande. Eles devem ser indiciados por homicídio triplamente qualificado.


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