Militar é suspeito de estuprar e deixar mulher em lixeira após festa

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Uma mulher de 31 anos foi encontrada desacordada e com sinais de violência sexual na quarta-feira (9) em uma lixeira no acesso ao distrito de Vila Vitória, no município de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá (AP). Um sargento do Exército é suspeito do crime, segundo a Polícia Civil.

Indiciado por estupro e abandono de incapaz, o militar negou em depoimento as acusações, mas confirmou que esteve com a vítima em uma festa e disse que a deixou na estrada para que ela voltasse para casa.

A mulher foi encontrada por um catador de latinha que acionou a polícia ao achar que ela estava morta. A vítima foi encaminhada para o hospital da cidade.

Após acordar e fazer exames, foi confirmada a violência sexual, detalhou segundo a delegada Waldelice Carneiro, do Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) de Oiapoque. Além disso, a perícia confirmou que ela é portadora dos vírus HIV e da hepatite B, contraídos antes do ocorrido.

Em depoimento na delegacia, a mulher contou que foi a uma festa com o sargento após ter sido abordada na rua e ser convidada por ele. A vítima diz não se recordar do estupro e nem de ter sido deixada na lixeira.

"Ela foi encontrada por uma pessoa que estava catando latinha. Ela estava desacordada e quase inerte. Recebemos o chamado como se ela estivesse morta. A vítima contou que saiu à noite com um grupo de pessoas e depois não lembra mais de nada. Ele [sargento] foi a última pessoa que ela viu", descreveu Waldelice.

O militar foi ouvido pela polícia e negou o estupro. Ele confessou que estava com a mulher e que a deixou bêbada após a festa em uma área de mata próxima da lixeira.

Na mesma festa, segundo a polícia, estava outro militar, além de mulheres e duas adolescentes que teriam ingerido álcool. As testemunhas informaram em depoimento que a vítima não teria sido abusada na residência militar.

"Ele disse que levou ela para lá, pois não sabia de onde a mulher era. Achou melhor deixá-la em uma área de mata distante da cidade, pois quando acordasse seria melhor para voltar para casa. Por enquanto ele é suspeito e não está preso", detalhou a delegada, reforçando que a investigação também é acompanhada pelo Comando do Exército, em Oiapoque.




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